Lições do dilúvio de domingo(19) para o apocalipse de sexta feira (24) em BH

Foto: Arca de Noé / Internet

Que lições as chuvas que levaram rio abaixo a Av. Teresa Cristina no ultimo domingo (19) deixaram para os belo-horizontinos? A primeira e maior delas é a de que temos um prefeito inábil para lidar com crises, um populista que trata assuntos caros à metrópole com oportunismo, desrespeito ao seu eleitorado, ainda que exista um exército de bajuladores sempre prontos a aplaudi-lo, independente da macaquice do dia. Para eles, Kalil não é prefeito, é ídolo, e ídolos não erram.

Alexandre, O Grande! de BH

Foto: Prefeito Alexandre Kalil, o grande, de BH

Alexandre, que se acha o grande, usa e abusa das frases de efeito, dos arroubos gestuais ou verbais para impressionar e intimidar repórteres, faz e acontece como se fosse o portador da verdade sobre qualquer assunto, embora seja mesmo um limitado. Porta-se com arrogância, chuta os princípios da razoabilidade, mas como em um monólogo teatral, não deixa ninguém indagá-lo, fala o que quer e sai das entrevistas coletivas sempre como entrou, sem cumprir a liturgia do cargo, transferindo repostas para assessores acostumados a justificar o injustificável.

Outras lições práticas

Foto: Avenida Teresa Cristina chuvas de 2019 – Arquivo PBH

As outras lições práticas servem de alerta não apenas para chuvas, mas para qualquer contingencia que a cidade tenha que lidar nos finais de semana. Exceto a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e parte da Defesa Civil, estado e município ficam à deriva. Não é por acaso que no decorrer da semana autoridades municipais e estaduais compareceram para anunciar a chuva dos “dois mil anos” que, possivelmente, cairá sobre a capital em um apocalipse anunciado com pompas e circunstâncias. Está marcada para sexta (24), embora tenha sido anunciada com substantivo deverbal na frente, “pode”, e não com o imperativo “vai”…

Na verdade o que ocorreu domingo pegou todos de surpresa, e revelou falhas nas respostas do governo estadual e municipal. O dilúvio que desceu sobre a cidade causando transtornos poderia ter provocado menos prejuízos se a população tivesse sido avisada. Mas como era domingo, o que deveria funcionar ininterruptamente estava fechado para descanso, com a falsa ilusão de que as catástrofes mandam mensageiros e possam ser previstas para o horário comercial.

Motivos do alarde sobre chuva de sexta feira

Foto: Mapa de risco GeoClima – Internet

Todo alarde criado com a possibilidade de temporal na sexta feira (24), explorado por mensageiros do apocalipse aliados de Kalil, via WhatsApp tem como objetivo não só alertar a população, claro, mas também amenizar os erros cometidos no ultimo domingo (19), tirando a atenção da opinião publica do fato passado. O que faltou no domingo vai sobrar na sexta, e assim a população esquecerá o domingo. Com efeito, BH precisa ter um comitê de crises que funcione todos os dias.

Comitê de crise apto a dar respostas rápidas às contingências

Foto: Governador Romeu Zema e Prefeito de BH Alexandre Kalil – Internet

Mais do que existir, o comitê precisa agir pro ativamente nas contingencias a tempo e a hora (Just in time). Com um pouco de esforço, a cidade pode selecionar grupo de gestores eficientes em respostas rápidas, sobretudo quando as intempéries se abaterem em endereços cuja presença do estado ou do município é comprovadamente falha. Afinal, segundo o prefeito, dinheiro não é o problema.

Talvez seja a falta de vocação para o exercício e a gestão da coisa publica o grande desafio a ser compreendido e tratado pelo povo via sufrágio, sem paixões futebolísticas, de preferência.

jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945 WhatsApp

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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