Malas de 10kg dentro dos aviões viraram problema para as companhias aéreas, não tem espaço nos bagageiros pra todo mundo

Passageiros mudam hábitos para não pagar malas e aviões não estão adaptados, o resultado é tumulto em dobro na hora do embarque.  As aéreas seguem fingindo não enxergar o problema

Foto: Tudo Viagem

As companhias aéreas seguem teimando em ganhar alguns tostões a mais na cobrança de malas e fingem não perceber que os passageiros se adaptaram às maletas de 10kg. Elas perdem tempo precioso no embarque despachando malas que não cabem nos compartimentos de bagagem internos. Todos os dias é a mesma coisa, correria desesperada para despachar malas nas pontes de embarque. Um pesadelo para despachantes que correm contra o tempo.

Resolveram cobrar pelas malas despachadas de 23kg e esqueceram de combinar com os fabricantes de aviões que não foram projetados para carregar acima dos acentos, tantas bolsas e maletas de até 10 kg. O fato é que o brasileiro achou um jeito de viajar com menos bagagens e o tiro das aéreas para aumentar faturamento saiu pela culatra, o número de passageiros que despacham as malas reduziu substancialmente, basta ver as filas nos check-ins dos aeroportos em voos domésticos. Já os que carregam suas maletas para dentro dos aviões multiplicou.

Se a goela fosse menos larga, e a vaidade de executivos robotizados menor, voltariam atrás e liberariam as malas de 23 kg, deixando os compartimentos internos apenas para as bagagens de mão, como sempre foi. O tempo perdido no embarque seria menor e o estresse dos agentes de terra, como são chamados os despachantes, reduzido.

Além das migalhas que as algumas companhias tentam arrecadar na cobrança de malas, as saídas de emergência também viraram alvo da sanha arrecadatória dos almofadinhas de gabinetes. Mas tudo isso é para o nosso “bem”, claro, pelo menos é o que dizem. Essa é a desculpa esfarrapadas que eles dão para justificar a insensatez. Elas desconsideram que a ocupação das cadeiras nas saídas de emergência é fundamental para a segurança do voo, em caso de evacuação da aeronave.

Algumas preferem deixar as saídas de emergência desocupadas sem ninguém para manuseá-las, do que oferecê-las como cortesias para os que se sentem aptos a opera-las. O despreparado da tripulação para lidar com aqueles que inadvertidamente sentam nas saídas de emergência, é outro detalhe caro para as companhias. Alguns praticam o anti-marketing. Explico.

Recentemente fui vítima da insensatez de uma “comissárie”, ops! comissário, ixxxi, ou será comissária? Não sei, e isso não importa. O fato é que um passageiro sentado na cadeira do meio precisou usar o toalete faltando alguns segundos para iniciar o procedimento de aterrissagem, estava sentado na cadeira do meio e eu no corredor. Estávamos uma fileira à frente da saída de emergência, e ao levantar para ele passar, resolvi facilitar o seu retorno sentando na cadeira detrás que estava vazia.

Alguns segundos depois os avisos de atar os cintos foram acionados. Como ele não havia retornando, resolvi permanecer na saída de emergência, haja vista o aviso de aproximação da aterrissagem. Para minha surpresas e de todos que estavam por perto, de forma ríspida o “comissárie” ordenou que eu voltasse ao meu assento imediatamente, faltando menos de 1 minutos para o avião tocar a pista do aeroporto de Confins.

Se você acha que terminou por ai, não, comuniquei educadamente que meu assento havia sido ocupado pelo passageiro do meu lado que voltou do toalete. O “comissárie” não se contentou, ordenou que o passageiro voltasse ao acento e que eu fizesse o mesmo. Faltavam menos de 30 segundos para o avião tocar a pista e tivemos que fazer isso com o avião praticamente aterrissando.

Ou seja, o ato por si mostra o despreparo e a falta de traquejo de um “comissarie” que resolveu tomar para ele as dores da companhia colocando em risco a segurança do voo, nossa e dele próprio, por tão pouco. A Companhia que este episódio ocorreu é uma que o seu fundador estendia tapete vermelho para os passageiros na porta do avião, e que hoje serve água para os seus clientes como forma de economizar. É uma das que tem as passagens mais caras e que não admite passageiro que não pagou acento conforto pouse seu “clúnes” na saída de emergência. O nome do fundador, quem tem mais de 40 deve lembrar, ele se chamava Comandante Rolim Amaro.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MG

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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