Está marcada para amanha terça-feira (22) manifestação de grupos de direita em todo o país contra lockdown e vacinação obrigatória. O ato em Belo Horizonte acontece na Praça da Liberdade. De lá os manifestantes sairão em marcha para a sede da Prefeitura Municipal na Av. Afonso Pena, 1.200 no centro da Capital. A concentração começa às 10h e a marcha deve ocorrer por volta das 11h30, encerrando em frente a PBH por volta de 13h30.
Pelas redes sociais a convocação se espalhou e foi inspirada nos protestos que ocorreram na cidade de Búzios, litoral do Rio de Janeiro. Conversei com alguns membros de movimentos de direita em Belo Horizonte e eles disseram que a mobilização ocorreu de forma espontânea tendo início na capital paulista e alastrado para todo o país: “As pessoas estão cansadas das imposições arbitrárias e tirânicas do prefeito Alexandre Kalil”, e um dos itens de protesto é esse, afirmou o Advogado Dirceu Brandão do movimento Direita Minas.
Até a manhã desta segunda-feira (21) estima-se que mais de 10 mil pessoas já tenham confirmado presença no protesto que é pacifico, foi o que disse José Antônio do Sagrada Família, um dos lideres do movimento Direita BH. Participam dos protestos os Deputados Estaduais Bruno Engler (PRTB-MG), e seu colega Bernardo Bartolomeo Moreira – Bartô (Novo). Outras lideranças também confirmaram presença: Raquel Morato, Cristiano Reis, Marcia Peluso, Diego Santiago, Biba Maciel, Carlos Henrique, Bernardo, Petrina Andréia, o Advogado Mariel Marra, além do vereador eleito Níkolas Ferreira (Novo) e o ativista defensor dos portadores de doenças raras, Rodrigo Netcheka.
Logomarca do Movimento Fora Kalil liderado pelo Advogado Mariel Marra
Os protestos visam mostrar para os governantes, em especial os que se julgam donos de cidades como o prefeito Alexandre Kalil, que a população não vai aceitar mais imposições e tirania passivamente: “Vivemos em uma democracia, o poder emana do povo, mas alguns governantes estão se esquecendo disso”, relata José Antônio que é um dos articuladores ao lado do Advogado Mariel Marra, do movimento #Fora Kalil.
Movimento reivindica fim do lockdown e a não obrigatoriedade da vacina contra Cononavírus
Os protestos são contra a obrigatoriedade da vacinação e pedem o fim do lockdown que está fazendo a economia patinar e o desemprego aumentar. O drama é ainda maior para o setor de gastronomia com a decisão da PBH de proibir a venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes da capital desde o dia 11 de dezembro. O decreto do prefeito foi derrubado por um juiz de primeira instância após compreender a incoerência dos argumentos apresentados. Porém, no sábado, uma desembargadora de plantão no TJMG acatou Agravo de Instrumento e tornou sem efeito o Mandado de Segurança Coletivo concedido a Abrasel.
Para o setor de gastronomia, um dos mais prejudicados até agora pela pandemia, a proibição não tem sentido, pois não é o álcool a causa do “aumento” nos índices de infecção pelo Coronavírus, mas os ônibus e shoppings populares lotados e a falta controle durante a eleição de 15 de novembro, foi o que afirmou em manifestação por escrito o presidente da Abrasel Nacional, o mineiro Paulo Solmucci, após a decisão sem nexo do TJMG. Solmucci vê na decisão um ato de parcialidade descabido e incoerente.
Comerciante vai deixar BH depois de lockdown que quebrou sua empresa
A decisão da desembargadora é vitória do prefeito e derrota da cidade que tem o bar como produto turístico, foi o que afirmou Jorge Campos, comerciante que acabou fechando seu bar depois de 150 dias sem faturamento no tradicional bairro de Santa Teresa. “Tudo isso embasado na ciência do prefeito que admite ônibus e shoppings populares cheios, mas não admite venda de bebidas em bares que cumprem protocolos de segurança”, comentou com voz embargada o comerciante falido que vai deixar BH e voltar para Bom Despacho, sua terra natal.
José Aparecido Ribeiro – Jornalista em Belo Horizonte
Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945 – www.zeaparecido.com.br