Manifestantes anti-bolsonaristas fazem protestos no centro de BH e revelam sofrer do mal de Alzheimer

A esquerda não está morta, ainda que os fatos e os sucessivos escândalos não deixem duvidas sobre as intenções

Foto: Hoje em Dia

Para quem achava que a esquerda estava morta depois dos mal feitos do PT e de políticos de partidos aliados nos 16 anos que ocuparam o poder central no Brasil, ledo engano, ela está vivinha e angariando simpatizantes capazes de fechar os olhos ou ter crise de amnésia em relação ao “desvios” de conduta que levaram para cadeia dezenas de políticos e empresários, incluindo toda a cúpula do Partido dos Trabalhadores – PT.

Vestindo camisas vermelhas, sofrendo de uma espécie de mal de Alzheimer coletivo e gritando “fora Bolsonaro”, militantes tomaram as ruas do centro da capital mineira na manhã deste sábado (29), todos de máscaras (desconsiderando os efeitos da hipóxia) e cartazes com frases já conhecidas.

Uma das maiores capacidades da esquerda universitária, além de dançar conforme a música e esquecer quando seus “líderes” se envolvem em escândalos de corrupção, é a experiência das mobilizações. Nisso eles são muito bons e ninguém pode negar, ainda que seja para exercitar a arte da hipocrisia.

Prova disso foi vista na passeata que começou na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital e terminou na Praça Raul Soares, deixando o já caótico trânsito de BH ainda pior. Os manifestantes pediam a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que eles chamam de “genocida”. Como a manifestação tinha hora para terminar, e contou com a presença de estudantes, servidores públicos com estabilidade,  favoráveis ao “fique em casa e fôda-se para sobrevivência”, o pão com salame não foi servido.

Com faixas pintadas na cor vermelha eles sugeriam impeachment do presidente antes de completar seu mandato, conquistado nas urnas em 2018 com 57 milhões de votos. Detalhe que não tem qualquer valor para os vermelhos, quando lhes convém. O manifestantes se dizem descontentes com Bolsonaro e entendem que o presidente foi  omisso em relação aos efeitos econômicos da crise sanitária. Cobram também por mais vacinas, embora o país seja o quarto do mundo no ranking da vacinação.

Foto: Movimento #SBB

Chamou atenção à fidelidade ao símbolo do PT, a “estrela vermelha”, embora estivessem presentes também outras siglas como PCdoB, PSTU, Rede, PSOL, PSD, PSB e entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE). Compareceu ao ato sindicatos representando os trabalhadores da saúde, professores ativistas da UFMG que reivindicam apoio à Spintec, vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membros de movimentos a favor da liberação da maconha #SBBH.

Além dos cartazes que acusam o presidente de “genocida”, os militantes defenderam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, no Senado Federal, comandada por Omar Aziz (PSD-AM), político com mais de 200 processos que o acusam de desvios do dinheiro na saúde do Amazonas. A CPI tem como vice-presidente o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos mais raivosos que o Senado já teve, e o maior artista da política, ninguém menos do que o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o “relator” que dispensa apresentação.

Estimativas dos próprios organizadores sao de que três mil pessoas participaram do ato anti-Bolsonaro que terminou à pouco, às 14h e transformou a vida do belo-horizontino em um verdadeiro calvário face a desordem no trânsito que é comandado, diga-se de passagem por “cumpanheiros” que há mais de 30 anos ocupam a BHtrans, empresa que cuida do segundo pior trânsito do mundo, o da capital Belo Horizonte.

José Aparecido Ribeiro é jornalista em BH

Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945 – www.zeaparecido.com.br

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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