Por: Dr. André Márcio Murad da Personal Oncologia de Precisão – BH
Uma reflexão para as autoridades de saúde. Aprendendo com a experiência já acumulada da Pandemia COVID-19.
“O isolamento geral e por prazo indefinido (lockdown) pode não ser a melhor estratégia tendo em vista o rápido empobrecimento da população, a aguda deterioração dos recursos públicos e a inevitável escassez de insumos e alimentos resultantes. Talvez a medida mais sensata seja o isolamento intermitente, ou a chamada “abordagem cirúrgica”.
A abordagem cirúrgica e vertical focaria em proteger e isolar os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo — isto é, idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — Para os demais, um isolamento de 2 semanas. Para os infectados, os sintomas aparecerão nesse período. “Aqueles que tiverem uma infecção sintomática devem se auto-isolar em seguida.
Quem não estiver sintomático e fizer parte da população de baixo risco deveria voltar ao trabalho ou a escola depois destas duas semanas. Na medida da evolução do número de novos casos, o isolamento geral por 2 semanas seria novamente indicado em etapas posteriores, dependendo da curva apresentada.
Sem a força de trabalho e o retorno da cadeia produtiva, todo o mundo exaurirá sua capacidade não só financeira, mas inclusive de manter o atendimento complexo e de altíssimo custo dos pacientes mais graves.
Vale a pena a reflexão! Correções de rumo são sempre bem vindas, pois bilhões de vidas estão em jogo, mas que além de se manter vivas, precisam ter suas necessidades básicas atendidas“.
André Marcio Murad . Médico
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