No Brasil, a tal da “democracia” não é para amadores

POR: Renato Gomes – Mestre em Direito Público pela UERJ

Enquanto se brinca de “democracia”, consolida-se o golpe institucional na cara de todos. Começando pela Presidência da República que, amarrada em camisa de força, não esboça “reação”. Uma espécie de (inação) do sistema de freios e contrapesos que desencadeia esperneios, reclamações, lamúrias, recursos, mas nada além de blá-blá-blás. O nó górdio ninguém desata: o ativismo judicial criminoso.

O ativismo judicial vem sendo o instrumento golpista. Denota um método maquiavelicamente empregado, que atua desenfreadamente e tão logo provocado por infinitos agentes difusos, fanáticos ideólogos, amorais ou cleptocratas em abstinência, todos eles parceiros da causa “democrática” ora traduzida na satânica vontade doentia de destruir o governo mais democrático da história pseudorrepublicana do Brasil.

Sejam servidores públicos infiltrados em todos os órgãos integrantes do sistema de justiça, em tribunais de contas ou qualquer outra instituição pública; sejam “adevogados”, jornalistas militantes, “especialistas” de todos os quilates. O procedimento é simples: acionar o Judiciário, alegando qualquer coisa passível de ser envernizada por um falso direito, que tenha potencial de azucrinar o governo e impedir o avanço socioeconômico do país.

É o único gatilho que se faz necessário. O “resto”, o tiro totalitário de misericórdia, fica por conta da caneta e da cabeça perturbada do semideus da toga, institucional e corporativamente blindado (por espertezas dos seus, somadas a ignorâncias alheias), criminalmente imune, certo de sua impunidade: o defraudamento constitucional, via manipulações semânticas de textos e axiológicas do conteúdo de princípios; invenções de outros princípios inexistentes; e desprezos arbitrários por regras vigentes, mas ocasionalmente inconvenientes.

A argumentação desse “seleto” grupo capa preta – em especial, de alguns, chamados constitucionalmente de ministros – é um acinte à inteligência de qualquer cidadão intelectualmente honesto. Costumeiramente, vem sendo como tapas velados na cara do chefe de Estado, que de forma masoquista sente na pele, ainda que desnecessariamente. Não obstante, com coragem, boa-fé e resiliência, respeitando as suas crenças e convicções. Ele que na condição de Chefe de Estado luta praticamente sozinho contra um sistema jurídico-judicial e político disfuncional, amoral, torto e incurável.

O país sofre de prisão jurídico-cognitiva

As duas principais razões de fundo dessa subversão do estado de direito e perversão moral em franca expansão, eufemisticamente denominada de “progressismo”, são i) o dogma ilógico, inválido e mentiroso “o STF tem a última palavra sempre”, e ii) a ditadura do politicamente correto, avalizada ao final pelo próprio tribunal de cúpula. Ambas compõem o que chamo de PRISÃO JURÍDICO-COGNITIVA do politicamente correto, na qual 99% da população se encontram e, pelas aparências, também o presidente da República e sua boa equipe. Resta saber, até quando?

No aguardo emocionalmente torturante da eclosão desse momento grandioso de libertação (porque, pela lei universal da impermanência, nenhum mal é eterno), nós, cidadãos e cidadãs de bem, continuaremos a vivenciar, sendo empurrado goela abaixo, o futurologismo argumentativo de juízes justiceiros sociais diversos, que, de jurídico, nem lampejos possui, e, de vinculação com o ideal de progresso, absolutamente nada tem a ver.

O autor é Mestre em Direito Público (UERJ) Ex-oficial da MB (EN90-93) Escritor (autor da trilogia Conscientização Jurídica e Política e do Desmistificando a falácia da presunção de “inocência”, disponíveis na Amazon)

Contato: jaribeirobh@gmail.com

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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