O currículo de uma médica x as capivaras de senadores impostores em CPI política

Médica foi desrespeitada, linchada, impedida de falar e feministas seguem em silêncio

Foto: Arquivo Senado Federal Assessoria de Imprensa

Quando a gente pensa que já viu de tudo na midiática e pútrida política brasileira, os senadores da CPI da Covid nos surpreendem e mostram suas verdadeiras faces. Na tarde desta terça-feira (01) o Parlamento da República Federativa do Brasil virou um tribunal inquisidor, comandado por políticos que se dizem democratas, mas agem como  ditadores sórdidos e canalhas.

A médica Oncologista Nise Yamaguthi foi recebida na condição de convidada, deixou seu trabalho para comparecer a seção e depor na CPI de forma voluntariosa, mas foi tratada com grosseria, covardia e desrespeito. Ela não merecia se não pelos títulos e reconhecimento internacional, por ser mulher e ter 62 anos. Nenhum ser humano pode ser tratado daquela maneira, impunemente, em especial por parlamentares eleitos.

O que se viu em rede nacional foi um festival de insensatez, arrogância, estupidez e despreparo. Cada parlamentar se achando o verdadeiro “Tomás de Torquemada”. Houve disputa para ver quem era mais hostil, idiota e machista. E isso não pode ficar sem resposta para a sociedade. Foi um festival de horrores contra uma mulher e contra a classe médica.

Foto: Arquivo Senado Federal Assessoria de Imprensa

O currículo da médica Oncologista Nise Yamagutchi tomaria a metade deste texto, dispensa, portanto apresentações, pois na simples condição de médica, carrega a proteção do Conselho Federal de Medicina e de tratados Internacionais que lhes garantem o exercício livre da profissão. Sua conduta médica não depende do humor, da burrice, da ignorância e nem de autorização de senadores impostores desonestos.

Imprensa ativista omite posição de médica

No noticiário da noite após o espetáculo obsceno, a história da especialista com pós-doutorado e reconhecimento internacional, não teve qualquer valor, foi reduzida a condição de “medica”, o que já seria suficiente para que suas condutas fossem respeitadas por senadores e jornalistas militantes patéticos. Um em especial deveria dar exemplo, pois também é medico e professor. Porém a tratou com desprezo, praticou linchamento profissional e esqueceu a ética, se é que algum dia soube o significado disso, refiro-me ao arrogante senador Otto Alencar (PSD-BA).

Foto: TV Senado

O festival de disparates foi maior do que o imaginável e não deixou de fora quem deveria dar exemplo de equilíbrio, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) – citado em mais de 200 processos de desvio do dinheiro público pela CGU no seu estado, o Amazonas. A mulher e os irmãos de sua excrescência já foram presos mais de uma vez pela Polícia Federal. Pasmem, o facínora que comanda o embuste  recomendou ao vivo que os telespectadores não dessem créditos ao que a médica falava, precisando ser alertado por colegas da prática de desrespeito e excesso.

CPI política visa atacar presidente da República

Na verdade a farsa montada por trás da CPI tem um único propósito, atacar o presidente da Republica. Muito mais importante do que os fatos, são as versões que estão sendo construídas com propósitos políticos e golpistas. Os senadores marginais só ouvem quem fala o que eles querem.

Com efeito, não há muito mais a ser dito por quem tem discernimento e neurônios, se não lembrar que houve um tempo em que jamais imaginávamos que um presidente da república pudesse ser preso. Há de chegar e rápido o tempo em que vamos ver ministros do supremo, senadores arrogantes, desonestos e machões atrás das grades. Este tempo se aproxima. Os citados aqui serão os primeiros na fila.

Foto: Montagem Tribuna Livre

A imprensa segue omissa, em especial o jornalismo feminino e as defensoras de causas feministas que assistiram caladas uma mulher indefesa ser hostilizada e torturada psicologicamente. A comunidade científica não pode aceitar e nem o Conselho Federal de Medicina um dos seus membros ser tratado com tamanho desdém, como se fosse marginal. O senado Federal não é tribunal inquisidor embora esteja agindo como tal.

Repare que a senadora Leila Barros (PSB-DF) saiu em defesa da Dra Nise e acabou confessando parcialidade quando disse que o presidente “sabia de que lado ela estava”. Foi também sumariamente constrangida, e nada aconteceu.

Feministas em silêncio

Por fim, procurei desde ontem manifestações de grupos feministas que deveriam se posicionar contra as agressões, tortura psicológica e machismo explícito que a medica sofreu, e não encontrei.

Foto: Movimento Feminista Dagobah

Reforço que Dra Nise Yamaguchi é uma Sra. de 62 anos com currículo respeitado, ao contrário de senadores que em vez de currículo, são portadores de extensa capivara (ficha criminal). O episódio de ontem no Senado Federal não pode cair no esquecimento, exige sobretudo da classe médica, respostas e reparações pecuniárias de cada senador que faltou com o decoro.

José Aparecido Ribeiro é jornalista

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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