O ESG está ai e a empresa que não se adaptar, vai ficar fora do mercado, quem avisa amigo é

Criado pelo Pacto Global o ESG ganha espaço e importância nas relações comerciais

Foto: Reprodução Internet- ESG Tradução

Não é mais uma questão de escolha, trata-se de uma exigência de mercado e uma atitude inteligente adotar o ESG nas empresas que lidam com insumos ou produtos que causam impactos ao meio ambiente. Adotar modelos que prezam por energia limpa, ser ecologicamente correto não será mais uma opção para empresas do Brasil e do mundo, mas um ato de sobrevivência mercadológica.

O Blog conversou com um dos maiores especialistas no tema, o engenheiro em logística, Antonio Wrobleski, sobre o futuro do ESG do inglês environmental, social, and corporate governance, que no português é traduzido como governança ambiental, social e corporativa. Segundo ele, nos próximos anos, a prática da ESG será requisito para o sucesso de uma empresa querendo ou não os seus gestores. Então é melhor que eles queiram, “se tiverem juízo na cabeça e não forem doentes do pé.”

A prática da governança ambiental, social e corporativa deveria ser prioridade mundial, mas o processo ainda está no início. O Fórum Econômico Mundial de Davos chamou a atenção para a importância do ESG, reforçando apontamento do Pacto Global Rede Brasil, de que o termo ESG vem sendo considerado essencial nas análises de riscos e nas decisões de investimentos do mercado financeiro”, explica Wrobleski.

Relatório da PwC aponta que 77% dos investidores pesquisados disseram que planejam parar de comprar produtos que não não possuam as práticas do ESG nos próximos anos. De acordo com o documento da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, o que representa US$ 8,9 trilhões. Fica fora disso é falta de juízo ou incompetência declarada.

Foto: Reprodução Internet

O especialista explica que a questão é simples, pois trata-se de adoção por parte das empresas de atitude condizente com as práticas ambientalmente corretas não apenas dá boca para fora. O chamando green washing e social washing. Green washing, quando a empresa propagandeia ações ambientais apenas para divulgar marca, e não como política de longo prazo, não funciona mais no mundo das informações em tempo real. Divulgar e não cumprir as ações ou cumpri-las só em parte é um tiro no pé e não combina com atitude inteligência de governança e estratégia.

O ESG não provoca diretamente aumento de produtividade ou maior eficiência produtiva no curto prazo. Mas promover inclusão e reduzir a emissão de carbono é pauta de toda a sociedade, essencial para que o mundo continue existindo.. A consultoria Deloitte aponta que a mudança climática, se não for controlada, pode custar à economia global US$ 178 trilhões de 2021-2070”, comenta.

Se o Banco Mundial estiver correto , estima que a crise climática vai provocar a migração de mais de 216 milhões de pessoas até 2050, potencializando conflitos por recursos como água e alimentos. Outro estudo, da Allianz, revela que catástrofes naturais representam o segundo maior risco para as empresas brasileiras, e por isso a necessidade de alinhamento com o ESG.

Na busca por sustentabilidade, o mundo corporativo  vem incentivando o ESG nas empresas, e para isso utiliza formas de compensações para executivos que adotam ações ambientais e sociais críveis, o que para Wrobleski, é uma alternativa inteligente. Levantamento da Aberje revelam que 95% das empresas brasileiras têm ESG como prioridade em suas agendas. Estudo do IBM Institute for Business Value (IBV) atualizado mostra que o assunto é prioridade máxima para 48% dos CEOs brasileiros.

“Apesar de todo o interesse pelo tema, questões como logística reversa e movimento circular ainda estão começando a ser praticadas no Brasil. Vendedores e embarcadores deveriam ser responsáveis pelo descarte do produto, a partir da implementação de um programa de logística reversa, que hoje ainda é incipiente no País. Esse deveria ser um programa de governo. Quem vende é obrigado a dar uma destinação final para o produto descartado.Temos experimentado na pele a questão de clima e temperatura. ESG não deveria mais ser um programa de propaganda de eficiência. Eficiência é entendermos, e colocarmos em prática rapidamente, que temos um só planeta. Não temos plano B para a Terra e a sustentabilidade é obrigação de todos.”, finaliza.

Sobre Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

O Blog foi provocado pela Bertini Comunicação de São Paulo.

Foto de capa: Divulgação – Lucas Dandas Gueiros – Antonio Wrobleski

José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MG

www.conexaominas.comjaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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