O que você precisa saber para sua empresa migrar para o Mercado Livre ou gerar a própria energia
Foto: Reprodução – ABSolar
Com a abertura do Mercado Livre de Energia no Brasil o setor elétrico vive o que podemos chamar de “uma onda verde da geração limpa e renovável”, com destaque para a fotovoltaica que cresce exponencialmente e vem recebendo cada vez mais adesões de empresas e usuários de todas as classes sociais. O Blog conversou com o CEO da TMX Energy, o administrador Hiury Gutemberg, que está no ramo há mais de 20 anos, com atuação no mercado Chinês de eficiência energética.
Já são mais de 130 mil CNPJ´s conectados na rede de média e alta tensão, denominado “grupo A”, aquelas empresas cuja conta de luz ultrapassa a cifra de R$10 mil e que optaram por migrar para o Mercado Livre. São muitas as vantagens desta migração que proporciona maior previsibilidade de gastos das empresas com energia, segurança e estabilidade no fornecimento.
Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, (Abraceel) revelam que o Mercado Livre possibilitou a contabilização de uma economia de quase R$45 bilhões para as empresas que optaram por aderir ao mercado de energia de matrizes limpas, com destaque para a fotovoltaica. A economia acumulada desde a criação do Mercado Livre foi de quase R$400 bilhões. Neste ambiente os consumidores têm a liberdade de escolher seus fornecedores de energia elétrica, em contraste com o modelo tradicional, onde a distribuição e a comercialização são monopólios regulamentados de acordo com cada cidade ou região.
O Marco Regulatório da GD, (Geração Distribuida) como ficou conhecida a Lei 14.300/2022, criou a obrigação de apresentação de garantia de fiel cumprimento (GFC), por parte dos interessados na conexão de centrais de mini geração a partir de 500 kW de potência instalada (2,5% do valor do investimento de 500 a 1.000 KW e 5% acima de 1.000 kW). O mercado livre existe no Brasil desde 1996, mas as regras para migração restringiam a contratação para grandes consumidores, com demanda acima 1.000 quilowatts (kW) ou 500 kW, no caso de fontes renováveis. O que veio ser mudado com o Marco Regulatório da GD pelas mãos do Deputado Federal de Minas Gerais, Lafayette Andrada, (MDB-MG).
Alternativas ao Mercado Livre
As empresas também podem lançar mão da opção de gerar a própria energia através da instalação de micro usinas. Essa modalidade é ideal para quem quer reduzir a conta de energia da sua casa, da sua loja ou de outras propriedades que estejam no seu nome. E neste caso se sua conta é superior a R$5 mil, já está valendo a pena. A economia gira em torno de 35%.
A microgeração possui potência instalada menor ou igual a 75 kW. Já as mini-usinas possuem potência instalada superior a 75 kW e até 5 MW. Se o proprietário não necessitar da energia que produz, ele pode injetar na rede o excedente e vendê-la, torna-se um fornecedor e ganhando por isso. A TMX Energy é especialista neste seguimento.
Com as mudanças os consumidores comerciais e industriais podem negociar contratos diretamente com os geradores e comercializadores de energia, estimulando a concorrência e impulsionando o setor que já representa cerca de 39% da energia elétrica consumida no país, com viéz de crescimento. A demanda por energia limpa de fontes renováveis não para de crescer e acompanha a curva ascendente da economia e da conscientização sobre o efeito estufa, tudo isso exigindo mudanças de comportamento coletivo.
Para o CEO da TMX Energy, o Administrador Hiury Gutemberg, que dirige a empresa especializada em eficiência energética desde 2008, e que em 2017 apostou na energia fotovoltaica, são muitas as vantagens do Mercado Livre, com destaque para a liberdade de escolha de quem compra, livrando o empresário das imposições de concessionárias e em especial das bandeiras tarifárias que respeitam lógicas climáticas e outras pelas quais o comprador não tem controle.
“O Mercado Livre permite a competição entre os produtores de energia, com as suas várias matrizes incentivando a oferta de tarifas e atendimento diferenciado que pode ser decisivo para quem compra e para quem vende. Ao abrir o leque de opções de fornecedores, o empresário ganha poder de barganha e pode negociar seus contratos de compra adaptando eles às próprias necessidade, o que possibilita inclusive a escolha das fontes de energia renováveis, customizando os contratos, os prazos, a forma de pagamento e até o financiamento de acordo com as condições e planejamento de longo prazo de cada empresa”, lembra Hiury.
Ele ressalta ainda que: “O Mercado Livre estimula a criatividade, incentiva a busca de tecnologias mais avançadas, garante a sustentabilidade, já que essas práticas são pré-requisitos para a evolução de qualquer parceria comercial em nível global. Com efeito, cria-se a necessidade de inovações constantes que são capazes de reduzindo emissões de carbono em alinhando com os princípios que norteiam a transição energética, o conhecido SEO, cumprindo as Metas da ONU para o planeta”, encerrou o CEO da TMX.
Acordo da TMX com a Alagro disponibiliza crédito para produtores rurais
A TMX Energia que atua no varejo de usinas solares com mais de 80MWP em usinas próprias, acaba de fechar um acordo com a Academia Latino Americana do Agronegócio – Alagro, entidade fundada pelo ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, hoje presidida pelo experiente advogado Manoel Mário de Souza Barros, para fornecer infraestrutura que possibilitará o fornecimento de energia limpa a baixo custo para o produtor rural.
A TMX também oferece um FIDIC (Fundo de financiamento próprio) com taxas abaixo do mercado, livrando seus clientes da burocracia de aprovação de crédito e os juros proibitivos da rede bancária. (produto exclusivo que só a empresa possuí), de acordo com o CEO Hiury Gutemberg, e que será disponibilizado para cooperados da Cooxupé, via ALAGRO Finance.
O Blog vai trazer mais informações sobre a reunião que ocorreu ontem, quinta-feira, 1º de fevereiro, em Guaxupé-MG entre o presidente da Alagro, o diretor técnico da TMX e o presidente da maior cooperativa agrícola do mundo, a Cooxupé.
José Aparecido Ribeiro é jornalista
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