O trânsito de Belo Horizonte virou assunto de saúde pública e tem elementos para o impeachment do prefeito

O trânsito de Belo Horizonte deixou de ser assunto de engenharia e de política, ou falta dela, para virar tema de saúde pública gravíssimo

Foto: Blog – Trânsito de BH Av. Cristiano MachadoE

xistem elementos concretos para o impeachment do prefeito Fuad Noman relacionados ao descaso e a falta de gestão eficiente do trânsito de Belo Horizonte. Primeiro por que deixou de ser um assunto político e de engenharia, passou a ser de saúde pública. Explico:

O estresse, o desperdício de tempo, o desgaste a que o cidadão belo-horizontino é submetido diariamente nos gargalos da cidade atinge a todos no transporte privado e público, com consequências na saúde e na segurança de todos. O assunto é também ambiental, pois toneladas de Dióxido de Carbono são despejadas diariamente na atmosfera em virtude da completa inexistência de fluidez no trânsito, o que acarreta prejuízos financeiros, físicos e ecológicos imensuráveis.

É inaceitável para o cidadão que paga IPTU caro como no Belvedere e bairros da Zona Sul da capital o que está acontecendo no trânsito daquela região. Imagine-se preso no trânsito com necessidade de ir ao banheiro segurando a urina ou outras necessidades? Isso acontece diariamente com milhares de pessoas em uma cidade que não oferece banheiros públicos adequados. Imagine também o sentimento de impotência destas pessoas a caminho de compromissos inadiáveis, em resgate de acidentados que precisam de atendimento de urgência, ou mesmo aquelas que necessitam chegar em casa, ou no trabalho e não conseguem?

Tudo isso deve ser tratado como assédio moral por parte de quem tem o dever e é remunerado para administrar a cidade. Um médico que não age com diligência e competência pode perder o seu diploma. Um engenheiro que deixa de cumprir suas obrigações, idem. Um advogado que não segue o que manda a deontologia da sua profissão pode ser denunciado na OAB e ter o seu registro caçado. Então eu pergunto, e com um prefeito que não resolve os problemas da cidade? O que fazer? Esperar quatro anos e confiar na capacidade do povo de escolher outro mais competente?

E para um grupo de agentes públicos que escondem, não apresentam soluções para um assunto que afeta a vida de milhões de pessoas? O que fazer? Me refiro ao mesmo grupo que há 35 anos vem enganando a população de Belo Horizonte em duas autarquias importantíssimas para a cidade, a BH Trans e na Sudecap.Todos merecem perder seus empregos e responder na justiça por desídia, omissão, negligência e má gestão do trânsito. Impedir o direito de ir e vir garantido na Constituição é crime. Circular por Belo Horizonte virou um martírio a qualquer hora do dia. Não existe uma única via, seja avenida ou corredor de tráfego cujo sinais funcionem em sincronia. Tudo isso deixando motoristas de veículos e passageiros do transporte público irritados e estressados, propensos a acidentes.

Todos os técnicos da BH Trans e da Sudecap, juntamente com o prefeito, se escondem da população, em especial nos horários que eles deveriam mostrar a cara e assumir o controle do tráfego, a deriva de sinais e da paciência de milhões de motoristas entregues à própria sorte. O assunto não é mais de engenharia, insisto, é de saúde pública e de justiça. Não se tem notícias de qualquer movimentação por parte do executivo para resolver o problema que se agrava a passar largos, há décadas.

Foto: BH Trans – Belvedere

Eles jogaram a toalha, sumiram do mapa, ligaram o botão do fô..-se, engenheiros de escritório, acomodados, preguiçosos, mediocres, a maioria esperando por aposentadoria, batedores de ponto que não honram seus diplomas. A cidade possui mais de 200 gargalos que precisam de intervenções de engenharia em todas as regiões, uns mais graves do que os outros, com destaque especial para o portal sul, onde o colapso se instalou definitivamente.

Transitar no Belvedere entre 17 e 19h virou um pesadelo. Se não existem planos para resolver o problema, os grupo de servidores responsáveis por isso, diretoria da Sudecap e da BHTrans precisam urgentemente de substituição, e o prefeito impedido, pois não esboça reação a calamidade do trânsito, todos em flagrante prática de desídia, omissão negligência, inertes e incompetentes.

O problema  chegou no limite, não pode mais ser ignorado e tratado por agentes públicos soltos, sem metas, sem compromisso, e sem respeito com os munícipes, eles são especialistas em puxadinhos. A cidade precisa imediatamente de planos de emergência de curto, médio e longo prazo. Devo lembrar para a turma do deixa disso que carros não serão abduzidos, como desejam alguns incompetentes que se dizem entendidos no tema, os garotos propaganda da imprensa chapa branca.

A frota de veículos de Belo Horizonte hoje de 2,5 milhões é maior do que a população. Não adianta “mimimi” de que a cidade é para as pessoas e que obra não resolvem, papo de preguiçosos, acomodados e omissos. Se as obras não resolvem, o que resolverá? É preciso eleger prioridades, elas não são poucas mas terão que ser feitas, que seja para ontem.

Com a palavra, o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

José Aparecido Ribeiro é jornalista, editor e membro do Observatório da Mobilidade de BH

www.conexaominas.comjaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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