O tratamento machista e desrespeitoso da CPI com as Dras. Mayra Pinheiro e Nise Yamaguche não pode cair no esquecimento

Duas médicas respeitadas que prestam relevantes serviços para o povo brasileiro foram desrespeitadas nas dependências do Senado Federal e isso não pode ser esquecido

Foto: Dra Mayra Pinheiro – Humilhada nas dependências do Senado Federal

A memória do povo parece ficar mais curta na medida que a pandemia avança, facilitando a manipulação de informações, a criação de narrativas maldosas que nem sempre representam a verdade. O resultado disso é o risco de incriminação de pessoas inocentes em delitos que não cometeram. Os autores: Políticos ou agentes públicos com super poderes. As vítimas: qualquer pessoa que seja desafeto deles, os “poderosos”. Explico.

As aberrações protagonizadas pela CPI dos horrores, intitulada de CPI da Covid é a prova de que vivemos em um estado de exceção, que parece não ter fim e nem limites. O espetáculo sórdido comandado por senadores dispostos a derrubar o presidente da República, embora esteja cada vez mais caricato e ridículo, afeta a vida de milhões de brasileiros, pela ansiedade provocada. Para outros pode virar pesadelo.

Foto: Os protagonistas da CPI dos horrores, que chamam de CPI da Covid

Recentemente a vítima do destempero e desatino da CPI foi à médica pediatra do Ceara que é secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, a Dra. Mayra Pinheiro. Ela teve sua vida virada de cabeça para baixo, ao ser acusada de obstruir a CPI pelo Senador Randolfe Rodrgues. Ele cismou e ela virou motivo para o seu desvario egocêntrico. De testemunha a ré em uma CPI que já mostrou a que veio.

Dra. Mayra foi a 8ª vítima da CPI que teve sua vida devassada de forma desrespeitosa e criminosa pelo que podemos chamar de tribunal inquisidor oficial instalado dentro do Senado da República, pasmem.  Ao divulgar para a Rede Globo informações sigilosas que não serviram para nada, a CPI mais uma vez demonstra seu lado perverso e politiqueiro.

Foto: Renan Calheiros e Radolfe Rodrigues, inquisidores da CPI

Além de agir como inquisidores Omar Aziz, Renan Calheiros e o menino birrento Randolfe Rodrigues mostram que o estado de direito não existe mais, e que eles são os donos da verdade. Eles e meia dúzia de semideuses do STF. Investigar os desvios que ocorreram nos estados e nas prefeituras durante a pandemia eles não se prestam. Ofender e desrespeitar as pessoas que por algum motivos são convidadas ou intimadas a depor na CPI, isso eles são especialistas.

Com efeito, o que eles não esperavam é que a vítima não ia deixar barato ao ter privacidade exposta de forma arbitrária e inútil, pois ao que tudo indica a médica cearense não tem nada a esconder. Com seus sigilos bancário e telemático arrombado pelos senadores, acionou a justiça contra o presidente da CPI pedindo indenizações pecuniárias. O que deveria ser feito por todos que tiveram suas imagens expostas.

Médica foi candidata ao Senado pelo Ceará e teve 820 mil votos em 2018

Além de médica respeitada pelos seus pares e pela comunidade científica, Dra. Mayra presidiu o Sindicato dos Médicos do Ceará e se candidatou para o cargo de senadora por duas veze, tendo mais de 820 mil votos em 2018. Isso explica a razão do desatino e a falta de decoro. Ela merecia respeito por ser cidadã, médica e mulher. Nada disso valeu para os três patetas e nem para o “colega” também médico Otto Alencar que agiu mostrando seu lado machista, a exemplo do que fez com a dra Nise Yamaguchi.

Foto: Dra Nise Yamaguchi sendo humilhada nas dependências do Senado da República

Se não bastasse a Dra Mayra recebeu carimbo de “capitã cloroquina” pelos inquisidores ao defender o amplo uso de medicamentos que tem eficácia comprovada e que divide opiniões com a ala militante da medicina, apoiada pela velha mídia esquerdista. Os negacionistas da eficácia comprovada da ivermectina e da hidroxicloroquina na primeira e segunda fase da doença.

O pedido de afastamento da médica é mais uma arbitrariedade que já deixou de ser novidade mas que surpreende pela indiferença da sociedade. Como médicos poderão lutar pela vida se os seus ícones estão sendo criminalizados e desrespeitados? E pior, estimulando o uso de termos pejorativos, desmerecendo uma  pediatra que impediu que o pior acontecesse em Manaus.

Cadê a população para dar o salvo-conduto a Dra Mayra? Lembrando que não se trata de partidarismo porque Covid não escolhe cor, sexo, credo e nem partido. A vacina poderá até prevenir quando deixar de ser experimental, mas não vai jamais tratar a doença. O médico é soberano nas decisões em comum acordo com o paciente, e deve ser respeitado.

José Aparecido Ribeiro é jornalista

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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