Óbito de imunossuprimido faz SBOC soltar alerta para prevenção da monkeypox em pacientes oncológicos

Pacientes com a imunidade reduzida estão mais propensos a quadro grave da doença em que pese a sua baixa letalidade

Foto: Freepik

O primeiro óbito no Brasil em decorrência da monkeypox, ocorreu no final de julho em um paciente imunossuprimido em tratamento oncológico. No mesmo período, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença é uma ‘Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional’. Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) ressalta a importância da prevenção, especialmente para pacientes oncológicos.

De acordo com dados da OMS, estão no grupo de pessoas vulneráveis a desenvolverem formas mais graves de monkeypox os recém-nascidos e aquelas com imunossupressão – condição em que ocorre baixa resposta imune do organismo devido ao tratamento de doenças autoimunes ou câncer e em pacientes transplantados.

Caso esses pacientes sejam infectados, eles podem desenvolver quadros mais graves da doença como infecções da pele, pneumonia, confusão mental, cegueira e sepse. “Por isso, é muito importante manter medidas de prevenção semelhantes às do coronavírus, como o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento físico”, enfatiza o presidente da SBOC, Prof. Dr. Paulo M. Hoff.

A monkeypox é conhecida também como “varíola dos macacos” devido ao fato de ter sido identificada inicialmente em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. Apesar de levar o nome dos primatas, eles não a transmitem. Segundo a OMS, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola atualmente são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970 e sua transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Entre seus principais sintomas estão: febre; dor de cabeça e no corpo; fraqueza; inchaço dos gânglios linfáticos e erupções ou lesões cutâneas, que podem acometer rosto, mãos, pés, genitais, boca e olhos.

O blog conversou com o Prof. Dr. Paulo M. Hoff, presidente da SBOC sobre o tema: “Geralmente, os sintomas da doença duram de duas a quatro semanas e desaparecem sem a necessidade de tratamento. No entanto, o medicamento antiviral tecovirimat, inicialmente desenvolvido para a varíola comum, tem apresentado bons resultados no combate à monkeypox e há expectativa de que em breve esteja disponível no Brasil, junto com a vacina, que deverá ser aplicada a princípio em grupos prioritários. Apesar da baixa letalidade, em um primeiro momento, devemos ficar atentos ao avanço da monkeypox, pois tem sido algo muito dinâmico”, encerrou o oncologista clínico.

SOBRE A SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 2,6 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da oncologia clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira.

José Aparecido Ribeiro é jornalista

WhatsApp: 31-99953-7945  – jaribeirobh@gmail.comwww.conexaominas.com

Fonte: Edelman – Assessoria de Comunicação SBOC

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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