Omissão e passividade depois das chuvas em BH, muita fumaça e pouco fogo

Foto: Av. Carlos Goular esquina com Av. Professor Mário Werneck – Buritis – 20 dias após o estrago

Desde a tarde de domingo 19 de janeiro do ano passado, quando chuva forte arrancou parte do asfalto no cruzamento da Av. Carlos Goulart esquina com Av. Mário Werneck, entrar no bairro Buritis virou um verdadeiro martírio. O mesmo aconteceu no São Bento e em Lourdes no dia 28/1, nas avenidas Consul Cadar, Prudente de Morais e Praça Marília de Dirceu. O aguaceiro afetou vias das regiões centro sul e oeste incluindo também a Av. Teresa Cristina. Em comum elas têm a má qualidade do asfalto, facilmente levado pela enxurrada.

20 dias se passaram e nada foi feito para remendar o asfalto

Chama atenção o fato de já terem passado 20 dias e nenhuma providencia ter sido tomada. Ali ao lado na Av. Carlos Goulart, a menos de 50 metros fica a sede da BHTrans e do COP – Centro de Operações da Prefeitura, recentemente usado pelo prefeito Alexandre Kalil como palanque para coordenar o que ele chamou de operação de guerra capaz de deixar a cidade pronta para a maior chuva do milênio que estava por vir.  

No dia seguinte, 20/12 começou a ser montado um aparato que incluía tratores, caminhões; maquinário de construção pesada, usado para abrir estradas; mobilização das forças de segurança, e em especial material de pirotecnia televisiva. Tudo isso filmado e mostrado em tempo real para a população com o propósito de dizer que a cidade estava pronta para o dilúvio, programada para o dia 27/1, mas que chegou de fato na noite da terça feira dia 28/1, deixando prejuízos menores do que parece.

Um dilúvio menor do que pareceu

O “dilúvio” do dia 28/1 chegou, só que desta vez na região centro sul, com destaque para a Av. Prudente de Morais e toda a extensão do Córrego do Leitão, que desembocou com força total na Praça Marília de Dirceu, quase na porta da casa do Prefeito. As imagens do aguaceiro a principio chocaram, mas a realidade foi muito menor do que parece. Tanto no Buritis, quando na Cidade Jardim e Lourdes, depois do rescaldo o que ficou foram alguns trechos de vias sem asfalto, muita fumaça e quase nenhum fogo de fato. Prejuízo mesmo só para lojas que tiveram seus pertences misturados à lama.

Passividade da população diante da ausência da PBH

Foto: Av. Mario Werneck no Buritis

Tanto lá quanto cá, Buritis, Lourdes e São Bento o que segue sem compreensão é a total ausência do poder publico e a passividade inexplicável da população que é obrigada a enfrentar o barro no que só pode ser interpretado como pirraça da Sudecap ou medo de ser cobrada por recuperar buraquinhos na zona sul e esquecer-se dos buracões na zona norte, também afetada pela chuva.

A diferença é que os pontos afetados no São Bento, no Buritis e em Lourdes são tão insignificantes que as próprias Regionais já deveriam ter tomado providencias. Sou capaz de apostar que um dia de trabalho apenas é suficiente para a lama dar lugar ao asfalto novo, de boa qualidade, e pronto para suportar chuvas mais intensas do que as ultimas. É inacreditável e inaceitável que assuntos tão corriqueiros e pequenos como esse, relacionados à manutenção de buracos se estendam por tanto tempo sem que ninguém se manifeste.

Foto: Av. Carlos Goulart, ao lado do COP e da BHTrans 20 dias depois da primeira chuva

Exagero?

O leitor que achar minhas declarações um exagero ou que disser que a PBH está ocupada com coisas mais importantes peço que me aponte onde eles estão que ninguém os enxerga. Peço também que visitem os endereços citados e tirem suas próprias conclusões. Se não é incompetência, desleixo, prevaricação, falta de atitude do executivo, legislativo e do MP é desrespeito a quem paga impostos.

Não é possível tamanha passividade diante de tanta omissão. OU EU ESTOU FICANDO MALUCO?

jaribeirobh@gmai.com – WhatsApp: 31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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