Para o prefeito de BH, o coronavírus é mais valente nos bares e na presença de álcool, pasmem

Decisão estapafúrdia do prefeito Alexandre Kalil permite venda de bebidas alcoólicas de 11h as 15h, mas neste horário, que quem ainda não perdeu o emprego, está trabalhando.

Para o prefeito de Belo Horizonte e os teóricos que sustentam suas decisões de manter a cidade fechada por mais de 200 dias em menos de um ano, leia-se Comitê Gestor do Covid, composto por médicos ativistas de esquerda, os bares de Belo Horizonte são os responsáveis pela disseminação do Coronavírus e por isso não podem vender bebidas alcoólicas. Lei seca na base da tirania.

Embora estejam todos eles cumprindo com os protocolos que todo mundo já conhece, o que não acontece em shoppings populares e ônibus da capital, os bares estão pagando um preço alto pela decisão de não permitir a venda de álcool no horário que as pessoas tem o hábito de tomar a cerveja na capital que tem o bar como produto turístico.

Foto: Campanha da Expô Cachaça que mostra a capital nacional do Bar. Belo Horizonte

O Comitê gestor, o prefeito, a mídia e eventualmente o TJMG que defende as decisões de Kalil, chutaram a lógica e o principio da razoabilidade ao propor que bares podem abrir com venda de bebidas durante semana de 11h às 15h. Parece piada, e não decisão para ser cumprida. Melhor que continuassem fechados, pois em BH ou em qualquer lugar do planeta são poucas as pessoas que buscam um bar ou restaurante somente para comer.

Vale lembrar que o bar é para o belo horizonte o que o mar é para o carioca. Ir ao bar e não tomar uma cerveja, um vinho ou um aperitivo que leva álcool é o mesmo que ir ao mar e não pisar na areia. A decisão do prefeito na tarde desta sexta-feira (29) de reabrir o comércio da capital mineira, adiantada por este blog na parte da manhã, não pegou donos de restaurantes e bares de surpresa, pois está claro que existe sim uma perseguição ao segmento.

Tese sem sustentação científica

A tese não possui sustentação científica. O vírus não fica de tocaia em bares, tampouco sabe a diferença de quem consome ou não álcool? Desprovida de lógica também é a decisão de fechar o comércio às 22h e aos domingos.  Após as 22h, o vírus torna-se mais propenso ao contãgio? No domingo ele fica mais valente? Isso é patético, inaceitavel e  inacreditável que o prefeito continue tomando decisões que afetam a vida e a fonte de sobrevivência, o emprego de milhares de empresários e trabalhadores, mas o silêncio permaneça.

Não vou perguntar por onde andam os vereadores, pois o leitor mais atento sabe que a Câmara Municipal (ou balcão de negócios) há muito perdeu sua autonomia e faz o que o prefeito manda.  Mas causa perplexidade a ausência das entidades representativas da sociedade organizada que seguem omissas para não dizer coniventes diante de tantos absurdos.

Repúdio do Jornalismo de Turismo

Na condição de presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Seção Minas Gerais, deixo o meu repúdio a esta decisão de proibir a venda de bebidas alcoólicas na capital nacional dos bares. Decisão essa que não se sustenta em comprovação científica e nem no principio da razoabilidade.

José Aparecido Ribeiro é Jornalista e presidente da Abrajet-MG

Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945 – www.zeaparecido.com.br

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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