A cena artística contemporânea da música eletrônica e seus efeitos audiovisuais saudando 2023
Por décadas Belo Horizonte foi, durante os feriados de natal e réveillon, uma espécie de cidade fantasma, própria para quem quisesse contemplar o silêncio, recolher-se em lugar vazio de pessoas e de veículos. Várias tentativas de movimentação da cidade foram feitas e nenhuma delas deu certo, a ponto dos gestores públicos e dos empresários se acomodarem e se acostumarem com a pecha de cidade sem vocação para o turismo de lazer.
Coletiva de Imprensa com os Organizadores.
Para agravar o quadro, parcela expressiva na própria população, quase toda ela com vínculos no interior do estado de Minas Gerais, imigrantes dos 853 municípios, deixavam a capital nesta época do ano para visitar familiares fazendo a Rodoviária e as estradas de saída ficarem congestionadas nas vésperas do natal. Alguns locais normalmente movimentados neste período do ano simplesmente silenciavam e BH se tornava uma cidade adormecida, triste e sem o que fazer.
Quem é do ramo hoteleiro sabe bem o que era o réveillon na capital, com poucos hóspedes e muitas contas para pagar. Assim permaneceu por décadas, em ociosidade absoluta que se agravou com o legado da Copa do Mundo de 2014, quando dobrou a oferta hoteleira. Mais hotéis dividindo os poucos hóspedes e nenhum apelo para o turismo de lazer. Veio a crise de 2015 emendada com a pandemia e caos que levou a bancarrota vários empreendimentos.
A mudança
Mas tudo mudou em meados de 2020, em plena pandemia com a chegada de um grupo que permanece até hoje na direção da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo – Secult-MG. De lá para cá a cidade e o Estado saíram do limbo no setor de turismo, de mera posição de local dormitório desconhecido com um ou outro case de sucesso isolado, como o turismo barroco, a capital sendo apenas para negócios e eventos, assumindo protagonismo entre os destinos mais requisitados do Brasil. Minas hoje é exemplo para o turismo brasileiro, e são MUITAS.
Coletiva de Imprensa Palácio da Liberdade
BHé a porta de entrada do Estado que mais cresceu no turismo nos últimos três anos, conquistando prêmios e posição de relevância nas prateleiras de emissores, site de reservas importantes, nacionais e internacionais. Contribuindo com a mudança e os bons ventos, veio a privatização e reforma do Aeroporto Internacional, administrado pela BH Airport, que hoje é motivo de orgulho e reviravolta na autoestima de milhões de mineiros e belo-horizontinos. Dá gosto chegar ou sair de BH pelo Aeroporto Internacional que é um tributo a arquitetura e à boa gestão.
Para alegria de todos e delírio dos hoteleiros belo-horizontinos, fazendo valer a fama de usina de ideias, a Secult-MG acaba de anunciar o Réveillon da Liberdade, logo após o Natal da Mineiridade, com seus mais de 200 municípios participantes, fazendo Minas Gerais consolidar-se como um grande destino de fim de ano, aliando cultura e turismo num projeto transversal de fomento à criatividade. Repito, a Capital BH é porta de entrada e está deixando muitos turistas de primeira viagem encantados.
Com o slogan “A liberdade mora em Minas”, #vempraminas, em primeira mão, o Blog recebeu a noticia de que já no próximo sábado dia 31 de dezembro, BH vai ser palco do Primeiro Réveillon na Praça da Liberdade. Conversei com o artífice do projeto, o secretário estadual de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e ele me contou que além de movimentar a cidade, o Réveillon da Liberdade não vai custar nada para os cofres do governo estadual. Todo o subsídio de aproximadamente R$1 milhão para organização da festa vai vir da iniciativa privada e de instituições que acreditaram no projeto.
Coletiva do Secretário Leônidas Oliveira
Leônidas Oliveira lembra que “o projeto vai fortalecer o posicionamento de uma terra livre para ser, viver e empreender. De Liberdade. De identidade histórica fincada na contemporaneidade de suas manifestações artísticas. O Natal propôs cantatas, concertos e exposições. O Réveillon será a cena artística contemporânea da música eletrônica e seus efeitos audiovisuais saudando 2023. Dando luz aos novos tempos sob as luzes da liberdade”, relata o secretário que foi o timoneiro da maior revolução da história do turismo mineiro.
Programação
O primeiro Réveillon da Liberdade, na Praça que leva o mesmo nome vai ter espetáculo de fogos sem explosões saindo por detrás do Palácio, prometendo espetáculo pirotécnico inédito na capital; a partir das 20h do dia 31, diversa programação com DJ´s e VJ´s, além de intervenções artísticas nas escadarias e fachadas dos prédios que contornam a praça. Um espetáculo luminotecnico embala a virada até o final da madrugada do primeiro dia de 2023.
O Reveillon da Liberdade tem o patrocínio da Lei de Incentivo a Cultura e Cemig. Apoio Cultural da CDL-BH, Copasa, Prefeitura de Belo Horizonte. Produção é da MPRO. Realização da Secult-MG, Fundação Clóvis Salgado, Circuito Liberdade e Governo de Minas.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e membro da Abrajet-MG
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