Carnaval é tempo de sair, se divertir, namorar, beijar etc e tal. Mas beijo transmite cárie?
Foto: Reprodução internet – Carnaval no camarote da Brahma
Especialistas alertam que não existe beijo seguro. Beijar na boca é uma troca de carinho, e até manifestação de amor, eventualmente… e, claro, saliva. Chamada por médicos e dentistas de fluído bucal, a saliva ao mesmo tempo que protege nossa boca contra bactérias, vírus e fungos pode servir, também, para transmitir doenças como, por exemplo, gripe, resfriado, herpes, candidíase ou “sapinho”, sífilis, mononucleose e cárie.
As cáries viraram um problema de saúde publica, e o Blog conversou com a especialista no assunto, a odontologista Karin Stamer, da Eclinic de São Paulo que chama atenção para o fato de quase metade da população do mundo ter algum tipo de doença na boca e, dentre elas, a cárie está batendo recorde. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas têm dentes cariados e eles são a porta de entrada para os mais diversos problemas de saúde podendo, inclusive, causar males cardíacos e até a morte.
“Não há motivo para pânico mas o tema sugere conscientização, incluindo a velha e boa escovada que possui efeito profilático, está ao nosso alcance, não custa quase nada e é bastante eficaz”, alerta a dentista. Ela lembra ainda que “escovar os dentes, usar o fio dental, ter uma boa alimentação e hidratação são cuidados que reduzem os riscos de doenças. Na medida do possível é importante também conhecer hábitos e comportamentos de quem você vai beijar, evitando bocas desconhecidas e por vezes nem sempre limpas”, encerra.
Isso não quer dizer que você precise deixar de dar uns beijos, mas o bom senso deve prevalecer juntamente com os cuidados sugeridos pela profissional. A Dra Stamer salienta que a boca é lugar de bactérias de diferentes tipos, boas e ruins para a nossa saúde, dependendo do que comemos e de como fazemos a nossa higiene bucal.
Foto: Reprodução Internet – Casal aproveitando a libido
Pesquisas mostram que escovar os dentes e a língua corretamente pelo menos 2 vezes ao dia, elimina o contagio por bactérias. Todo mundo sabe mas não custa lembrar, os horários que devemos higienizar a boca e os dentes: Após o café da manhã e antes de dormir ( o ideal seria escovar após todas as refeições) – este é o primeiro passo para eliminar o ambiente que facilita a proliferação de bactérias ruins.
Os restos de açucares e alimentos que ficam colados nos dentes são o alimento favorito das bactérias ruins que, bem nutridas, se multiplicam e formam uma placa acida e pegajosa, conhecida também como placa bacteriana e, que os dentistas chamam de “biofilme”. Esse acido, sem que a gente perceba, vai desmineralizando o dente, que ao passar do tempo aparece com uma mancha branca.
Aos poucos a mancha escurece e as bactérias vão tomando o dente, destruindo o esmalte até abrir um buraquinho, as famosas cáries, que crescem e se não forem tratadas, podem atingir as camadas mais profundas causando dor e, podendo levar até a perda do dente. Mais grave ainda são as infecções quando caem na corrente sanguínea, podendo se transformar em problemas graves de saúde.
As cáries podem ser transmitidas através do beijo? A resposta é: Depende. As bactérias mais comuns, conhecidas como Streptococcus são mutáveis e respondem pelas cáries, entram na nossa boca durante um beijo apaixonado. Com efeito, se você tem paixão pelo seu corpo e mantém a saúde bucal em dia com escovação, uso de fio dental e visitas periódicas ao dentista, elas não vão encontrar o ambiente que precisam para se instalar e, assim, ficam reduzidas as chances dos seus dentes serem reféns delas.
Então o alerta da dra Karin Stamer é muito simples e possível de ser colocado em prática: “Mesmo que a folia termine tarde e por mais cansados que possamos estar, escovar os dentes incluindo a língua quando chegamos em casa antes de deitar, evita dissabores a longo prazo”, encerra a especialista.
Dra Karin Stamer é graduada em odontologia pela Universidade Paulista – UNIP. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela mesma faculdade. Especialista em odontopediatra pela ABENO – Associação Brasileira de Ensino Odontológico. Fez residência em ortodontia pela Michigan University, Ann Arbor e pós-graduação em Harmonização Orofacial HOF pela Facsete com aperfeiçoamento pela Harvard University, Cambridge Massachusetts. Proprietária da Eclinic – serviço odontológico de última geração dentro do conceito de “zero stress” para o paciente.
Mais informações:
Eclinicodontologia.com – @eclinicodontologia e Karin.stamer (Instagram)
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José Aparecido Ribeiro é jornalista
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