A capital nacional do queijo Minas, a famosa São Roque de Minas no sudoeste mineiro, completa hoje 82 anos. A cidade é destino obrigatório para quem deseja degustar, na fonte, o melhor queijo mineiro. É destino recomendável para quem deseja também apreciar a exuberante paisagem do Parque Nacional da Serra da Canastra.
Em qualquer outro lugar do mundo, o 17 de dezembro estaria sendo aproveitado para comemorações com direito a programações especiais nas fazendas produtoras de queijo e passeios em cachoeiras da região, mesmo durante a Pandemia, tudo isso sendo objeto de desejo para turistas ávidos por natureza. Aqui é Brasil e Minas Gerais e a data passará desapercebida até para quem vive na cidade de pouco mais de 7 mil habitantes distante 360 km da capital.
São Roque tem duas entradas, é conhecida como a “capital” da Canastra, endereço do queijo mais procurado nos mercados municipais do país e em gôndolas de supermercados onde o preço costuma ser salgado. Sua paisagem típica de cerrado com campos rupestres e vegetação de Mata Atlântica, faz do município um local de clima rural e diversos atrativos para conhecer em roteiros que cabem nos mais variados bolsos.
Foto: Serra da Canastra – Cachoeira Casca d’Danta.
As cachoeiras, assim como os queijos, são ícones e atrativos da região. O Parque Nacional da Canastra possui nada menos do que 30 quedas de água catalogadas, algumas com acesso liberado, sendo a mais famosa a Casca d’Anta, com 186 metros de altura, selecionada entre as maiores quedas livres no hanking de cachoeiras mais famosas.
Do alto da mais visitada das cachoeiras é possível observar o esplendor da natureza ao redor, e isso deve ser feito com tempo para contemplação. É lá também que nasce o velho Chico, ou rio da integração nacional, o São Francisco, palco de histórias e caixa d’água do Brasil.
Mas São Roque de Minas não é só isso, embora isso já bastasse, outras cachoeiras como a Chinela, com sua queda de 30 metros; a do Cerradão, com 200 metros de altura e paisagens instigante, as três quedas formando um poço fundo, conhecido como Rolinhos, Capão Forro ou Poço das Orquídeas. A mãe natureza foi generosa com a região neste pedaço de Minas Gerais.
Foto: TripAdvisor – Cachoeira Chinela
A cidade concentra também o maior número de produtores de queijo da Serra da Canastra. A iguaria vale lembrar, é Patrimônio Cultural Imaterial pelo IPHAN, e está consolidado no inconsciente do mineiro. Falou em queijo Canastra, a primeira coisa que lembramos é o de São Roque. A espécie tem selo reconhecido e é registrado.
De São Roque para o mundo, toneladas de queijo saem todos os anos e eles abastecem principalmente as centenas de lojas do tradicional Mercado Central de Belo Horizonte, que, por coincidência, tem praticamente a mesma idade de São Roque de Minas, pouco mais de 80 anos. De lá também sai o queijo que abastece o Mercadão de São Paulo.
As fazendas produtoras do queijo estão sempre de porteiras abertas para o turista que aparece de todas as partes do Brasil e do exterior. Anfitriões que estão sempre de braços e espírito abertos para acolher visitantes nas fazendas centenárias, mostrando o processo de fabricação da iguaria apreciada por gente do mundo todo.
Por meio da Associação dos Produtores de Queijo Canastra – Aprocan , as queijarias da cidade se organizaram para oferecer roteiro que conta a história desse que é um dos produtos mais original da gastronomia mineira. A deslumbrante região da Serra da Canastra também é palco de ecoturismo e do turismo de aventura.
Os viciados em adrenalina encontram em São Roque palco e infraestrutura de hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos. Parabéns São Roque de Minas pelos 82 anos e por oferecer para o Brasil e o mundo, o melhor queijo de Minas.
José Aparecido Ribeiro é Jornalista em Belo Horizonte e presidente da Abrajet-MG
Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApps: 31-99953-7945 – www.zeaparecido.com.br