Secretário de Turismo e Cultura é processado por deputada federal ao ser a favor do direito ao trabalho

Foto: Acervo E.M internet

Inexplicavelmente a deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG) ex-vereadora de BH que mal esquentou cadeira no parlamento municipal e abandonou a “canoa” para pular em outro “barco” na Câmara Federal, a mesma que em seguida queria abandonar o barco de deputada para pular em um “navio” na prefeitura da capital, ou seja, sem compromisso com o seu eleitor, se aliou a outros dois deputados da esquerda, Rogério Correia (PT-MG) e João Carlos Siqueira (PT-MG) para questionar ações do Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. A mesma deputada que se diz defensora da cultura e da classe artística é contra o trabalho das pessoas que atuam nestas áreas.

O secretário conseguiu de forma justa convencer o parlamento e o governador de que o turismo e cultura são atividades essenciais, válvula de escape para uma população aterrorizada e psiquicamente afetada pela mídia. Ao invés de prêmios e reconhecimento, recebeu ação na justiça estadual. A deputada mandou ofício, de certo redigido por assessores raivosos para o Procurador Geral do Estado, baseado em notícias de jornais, questionando o fato do turismo e da cultura serem considerados setores essenciais. Na opinião dela estes setores são dispensáveis.

Ofício enviado ao Procurador Geral pede a retirada do turismo e da cultura das atividade essenciais

Ela e os pares que assinam o ofício (link abaixo) mostram que a política permite a “qualquer um”, o que não é para “qualquer um”. Pasmem, mas os três se dizem “defensores” de trabalhadores. Talvez seja falta do que fazer ou desconhecimento de que o turismo e a cultura cumprem rigorosamente os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias, ao contrário das festas clandestinas que ocorrem nos aglomerados onde os três parlamentares amealham votos de incautos. Esquecem que turismo e cultura empregam em Minas Gerais mais de três milhões de trabalhadores.

Iniciei carreira no setor em 1988 na maior rede hoteleira do Brasil, Hotéis Othon. Escola de hotelaria de toda uma geração de profissionais que tive a honra de conviver quando BH fervilhava nos negócios, eventos, turismo e cultura, bons tempos. Na hotelaria permaneci por 25 anos, e ao lado de colegas fundamos a Associação dos Profissionais de Hotelaria de Belo Horizonte. Por dois mandatos estive à frente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH-MG, militando ativamente em prol da hotelaria e do turismo de Minas, sendo também membro fundador do BH Convention & Visitours Bureau – BHCVB e conselheiro do Cetur. Conselho Estadual de Turismo, por mais de uma vez.

Por 33 anos o turismo e a cultura caíram nas mãos de políticos e profissionais sem experiência

Como profissional preocupado com os destinos do turismo, acompanhei par e passo a ações da Secretaria Estadual de Turismo desde 1988 quando o governador era o baiano Newton Cardoso. De lá para cá foram 10 governadores e pelo menos duas dúzias de secretários de turismo, a maioria com desempenho pífio à frente da pasta.

O turismo e a cultura sempre foram os patinhos feios, onde os partidos vencedores acomodavam seus “aliados” nanicos em tempos de eleições. Era o que sobrava para quem não tinha lastro e prestígio no primeiro escalão do governo. Foram poucas a vezes que a Secretaria de Turismo e Cultura foi tratada com o respeito que Romeu Zema dedica aos dois setores.

Não foram poucas as vezes que o turismo e a cultura de Minas ficaram nas mãos de deputados médicos, fisioterapeutas, agricultores, radialistas, empresários de setores variados, menos nas mãos de quem realmente entendia do assunto. A exceção nestes 33 anos, ocorreu quando a ex-deputada Maria Elvira Sales Ferreira, comunicóloga, a empresária Erica Drumond, também formada em comunicação e o empresário Roberto Luciano Fagundes, engenheiro e Bacharel em Turismo estiveram como secretários, todos nos governos Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Turismo e cultura nas mãos de quem entende do assunto

Foto: Pedro Gontijo – Governo MG

Pela primeira vez, desde os governos já citados, o turismo volta a ser comandado por alguém que entende do assunto, o São-Gotardense Leônidas Oliveira. Arquiteto, Filósofo, Filólogo, e doutor pela Universidade de Valladolid na Espanha, mestre em restauração do patrimônio membro do grupo de altos estudos da cultura e do turismo europeu. Leônidas não por acaso promoveu em tão curto espaço de tempos, tamanha revolução, unindo de forma transversal dois setores que andam juntos – turismo e cultura. Ele realizou ações que dezenas de secretários que despencaram de para quedas no turismo ao longo dos últimos 30 anos não conseguiram em quatro anos de mandatos.

Na condição de presidente da Abrajet-MG Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – seção Minas Gerais, ao lado de dezenas de outras entidades do trade turístico e cultural, deixo meu repúdio ao oficio encaminhado ao Procurador Geral Jarbas Soares Junior, assinado pelos três deputados e lembro que qualquer trabalho é essencial na medida em que a sobrevivência depende dele, seja qual for seu ramo de atividade.

Dois lembretes aos eleitores dos deputados: O salário de quase R$40 mil que eles recebem no final do mês, fora as mordomias, não deixaram de ser depositados. Eles devem ser lembrados como inimigos dos trabalhadores de turismo e da cultura nas próximas eleições. Isso é o mínimo que podemos esperar de eleitores conscientes e cidadãos.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MG

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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