Ao abrir mão das regalias e morar em seu próprio apartamento, governador disponibiliza dois importantes equipamentos e acervos históricos para o turismo de BH e de Minas Gerais
Foto: Secretário Leônidas Oliveira com o Governador Romeu Zema
O Governador de Minas Gerais Romeu Zema convidou a comunidade belo-horizontina e o trade turístico para reabertura do Palácio da Liberdade na manhã desta terça-feira (04). O evento foi comandado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais – Secult, cujo secretário é o incansável e experiente Leônidas Oliveira, mineiro de São Gotardo.
Leônidas está no comando da Cultura e do Turismo desde agosto de 2020, quando assumiu no meio da pandemia a pasta, e tem feito uma revolução sobretudo no turismo, por muito anos comandado por políticos que não eram do setor. Minas foi o estado que mais cresceu no turismo nos últimos 12 meses a taxas expressivas que somaram 19,7%, acima da média nacional. O Estado ganhou as prateleiras de emissores por ser considerado o mais acolhedor do mundo.
Foto: Secretário Leônidas Oliveira
O prédio do Palácio da Liberdade tem arquitetura eclética e foi inaugurado em 1898, como principal edifício público da cidade, que acabara de se tornar capital no ano anterior. O projeto teve a assinatura do engenheiro-arquiteto pernambucano José de Magalhães, membro da Comissão Construtora da Nova Capital, que refletiu na concepção da obra a influência do estilo francês, sinônimo de requinte da época.
São dois pavimentos, com a fachada em cantaria lavrada (pedra batida por martelo dentado), encimada por uma alegoria à Liberdade (escultura que representa uma ideia abstrata). A obra é um monumento arquitetônico que chama atenção de moradores e turistas que visitam a Praça da liberdade com seu acervo histórico e vários prédios que por décadas abrigaram secretarias de governo e a Cúria Metropolitana, a única que restou como residência oficial do Bispo de BH.
Foto: Governador Romeu Zema, Secretário Leônidas
Logo que assumiu seu posto em janeiro de 2019 o governador de Minas abriu mão das regalias a que tinha direito no Palácio das Mangabeiras e no Palácio dos Despachos, como sempre foi chamado o Palácio da Liberdade, dando aos dois, destinações diferentes e uteis. No Alto da Av. Afonso Pena, as Mangabeiras virou espaço nobre de eventos, sede inclusive da Casa Cor 2021, que está da sua 26ª edição. Já o Palácio da Liberdade volta a ser local de visitação, incluindo projeto que incentiva os estudantes da rede estadual a conhecerem o espaço, um dos desejos do governador atendidos.
A abertura era aguardada por quem vive na capital mineira e também pelos turistas que visitam a Praça da Liberdade. As visitações, que terão início no sábado próximo (9), acontecerão inicialmente nos fins de semana, com agendamento pela plataforma Sympla. O espaço terá a Copasa como patrocinadora master e investimento na ordem de R$ 1,5 milhão em ações educativas e de patrimônio para crianças da capital e do interior de Minas Gerais em visita à capital.
Foto: Secretário Leônidas e Governador Romeu Zema ao lado de Estudantes da Rede Pública
Foi anunciado também o início das obras para a implantação do Centro do Patrimônio Cultural Cemig, que será adaptado junto ao edifício sede do Iepha-MG, localizado na Praça da Liberdade na Rua Gonçalves Dias, obras que receberão recursos da Cemig e da Gerdau, cerca de R$ 8 milhões.
O Circuito Liberdade abrange toda a Praça da Liberdade e vai até os limites da Av. Contorno, todo ele com novos espaços integrados ao complexo cultural, como a Filarmônica, o Palácio das Artes, o Cine Theatro Brasil Vallourec e o Museu dos Brinquedos. Projeto lançado no início do ano com a presença do então Ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio.
Foto: Estudante da Rede Pública Estadual em visita ao Palácio da Liberdade
A Secult lança também duas rotas turísticas que envolvem o Circuito Liberdade: a rota da “Cozinha Mineira” e de “Parques, Praças e Jardins”. A primeira valoriza os saberes e sabores da culinária que envolve museus, mercados, botecos, restaurantes e cafeterias, todos eles interligados com a Cozinha Mineira, que está mapeada na região central da capital. Conjunto de ações do governo do Estado que a Prefeitura por diferenças políticas, segue afastada, apenas assistindo.
A segunda rota, dos “Parques, Praças e Jardins”, inclui 25 espaços, incluindo a Praça Afonso Arinos, a Praça Nossa Senhora da Boa Viagem, o Parque Municipal, o Palácio das Artes (Jardins Internos) e a Praça da Estação (Mirante CURA e Museu de Artes e Ofícios, que podem ser vivenciados pelo turista de fora e pela própria população, carente de opções de lazer, pós-pandemia. Tudo isso considerando os protocolos sanitários recomendados pela PBH. Minas tem o que mostrar, e tudo começa na capital, vale a pena arrumar as malas e conferir.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MG
www.zeaparecido.com.br – jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945
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