ACIDENTE QUE PARALISOU A BR 381 POR 13 HORAS, DEIXA LIÇÕES.

Acidente na madrugada desta terça feira dia 24/01 com caminhão carregado de bois provocou um engarrafamento gigante que paralisou uma das maiores rodovias do país, a BR 381/sul. Teria sido apenas mais um dos muitos acidentes costumeiros neste trecho urbano da BR-381, (KM 487) não fosse o fato de a carga ser viva e ter espalhado pelo asfalto, fechando a rodovia por mais de 13 horas. A ação de desobstrução da via revelou mais uma vez, a falta de articulação entre as  autoridades de transito e a concessionária responsável pela gestão da Fernão Dias. Batendo cabeça e impedindo o direito de ir e vir de centenas de milhares de pessoas foi um festival de amadorismo e um teste de paciência para os que ficaram presos por mais de meio dia.  O certo seria, concessionária, PRF, DNIT, PMMG, Corpo de Bombeiro e todos os órgãos de defesa envolvidos, trabalharem sincronizados, sob o comando de um GABINETE DE CRISES DA RMBH. Acidentes como esses acontecem diariamente e não deveriam ser motivo para tanta improvisação. Para a sorte de quem passava no local e teve que esperar, os bichos eram bois e não leões ou cachorros rottweilers. Não é a primeira e não será a ultima vez que um COMITÊ DE CRISES DA RMBH, treinado para dar respostas rápidas a eventos fortuitos, fez falta. Em países civilizados, há manuais e procedimentos que permitem aos agentes públicos e privados agirem a tempo e a hora, de forma eficiente e competente. Embora a rodovia tenha sido privatizada, cabendo ao concessionário tomar medidas para desobstrução da via, com segurança para usuários e  acidentados, o governo através dos órgãos responsáveis, já mencionados, deveria ter agido. Mas nada disso aconteceu. Tomara que o exemplo e às 13 horas de fechamento que certamente geraram prejuízos incalculáveis para milhares de pessoas tenha servido para alguma coisa. Dizem que filho feio não tem pai. Quem será, neste caso, o pai do filho feio que expôs a fragilidade do estado e dos agentes de defesa? A quem devemos imputar e cobrar os prejuízos causados por mais esse vexame?

José Aparecido Ribeiro

Consultor em Assuntos Urbanos

Membro da CTT/SME (Sociedade Mineira de Engenheiros)

Diretor da ACMinas

Presidente da ONG SOS Rodovias Federais

31-99953-7945 – CRA MG 08.0094/D

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas