Buracos históricos estão sendo cavados na Praça Sete e na Savassi – Metrô

Os primeiros buracos para a construção do metrô de BH estão sendo cavados na Savassi e na Praça Sete. Por enquanto são buracos finos e profundos, que irão pesquisar o subsolo. Os furos de sondagem tem significado histórico, pois foi dada a largada para que buracos maiores e mais largos sejam abertos e lá sejam depositadas as esperanças do povo de Belo Horizonte que finalmente vai poder contar com um transporte coletivo de boa qualidade. Quem conhece cidades modernas, sabe que transporte público é item estratégico para a qualidade de vida. Seul, na Coréia do Sul, é o maior exemplo de mobilidade urbana do mundo e deveria ser o benchmarking para BH (modelo a ser perseguido). O metrô é um dos modais de transporte que todo cidadão Belo-horizontino sonha, mas não é o único recomendável. Embora seja o de maior capacidade, transportando contingentes que ultrapassam 60 mil passageiros horas sentido, ele é também o mais caro e mais trabalhoso de ser construído. A Prefeitura pode e deve lançar mão de outros modelos tão eficientes como o metrô, com custos menores e cuja etapa de elaboração, estudos e viabilidade já foram superadas, dependendo apenas de decisão política. Estamos falando do MONOTRILHO que hoje apresenta vantagens competitivas e operacionais tão ou mais atraentes do que o metrô. Isso por que a nova plataforma de monotrilhos, construídos no Brasil pela empresa Canadense Bonbardier, pode carrega até 48 mil pessoas hora sentido. O modelo, que é muito utilizado na Ásia, Índia, Europa e América do Norte apresenta facilidades na execução das obras, não exige grandes desapropriações, por ser suspenso, e sua execução pode ser feitas no período noturno e em tempo recorde. São Paulo entendeu isso e já está executando sua primeira linha que vai ligar o Aeroporto de Guarulhos ao Aeroporto de Congonhas, resolvendo a carência de transporte que existe entre as duas regiões. Vale lembrar que existem estudos e projetos avançados apontando este modal como ideal para BH. Quem ainda não conhece o sistema, basta digitar em qualquer site de busca na internet a palavra "monotrilho ou monorail", que encontrará material vasto e elucidativo. Além das facilidade de implantação, o monotrilho apresenta designe futurista, tem custo de construção bem menor do que o metrô e é ecologicamente correto. O km de metro custa em média R$ 230 milhões, enquanto que o monotrilho sai por R$ 75 milhões. Ou seja, 4 vezes menor. Com efeito, o metrô é muito bem vindo, mas não deve ser o único modal a  compor o mix de alternativas para o transporte publico de BH. A interligação de modais como BRT, ônibus, monotrilho e metrô é que permitirá a solução definitivamente para o problema da mobilidade urbana, melhorando a vida de todos e preservando o meio ambiente, já que metro e monotrilho são transportes movidos a energia elétrica, não poluem o meio ambiente.  

 

José Aparecido Ribeiro

Consultor em Assuntos Urbanos e Mobilidade

Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas

Fundador da ONG SOS Mobilidade Urbana

CRA MG 0094 94

31 9953 7945

 

 

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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