Com a negação de liminar no pedido de Habeas Corpus do jornalista Márcio Fagundes a perplexidade aumenta, o que era angústia agora vira inquietação para os mais próximos, em especial para a família. Conhecendo ele, e sua altivez, torço para que não entregue os pontos… Centenas de pessoas, dos meios de comunicação, políticos, a própria justiça e de varias áreas estão chocadas com o cárcere injusto, precipitado e desnecessário que completa uma semana. Márcio não é criminoso e não precisaria ter sido encarcerado. O MP falhou GRAVEMENTE.
Os que não o conhecem foram comovidos pelos depoimentos daqueles que testemunham a favor do Jornalista. O sentimento de impotência e a angústia tomam conta dos amigos, e alguns estão indo além, ao se predisporem a trocar de lugar com o jornalista. No depoimento do economista e diretor de Mercado Comum, o empresário e presidente da Associação de Economistas de MG, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, é possível medir o tamanho deste desconforto que a prisão arbitrária está causando:
“Eu, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira endosso todos os textos e depoimentos em favor do jornalista Marcio Fagundes, meu amigo há décadas e que foi diretor de Redação de Mercado Comum por mais de sete anos – não havendo nada que o desabone e, ao contrario, só se tem para enaltecê-lo. Coloco o meu nome e até mesmo a minha dignidade para substituí-lo nesta prisão arbitraria, até que os fatos sejam efetiva, e verdadeiramente apurados, considerando, para este fim, a importância de uma justiça equânime, que apure os fatos isentamente de acordo com os preceitos jurídicos e constitucionais vigentes neste país”.
Carlos Alberto sintetizou o que os amigos são capazes, e ninguém em sã consciência faria isso para um “criminoso”. A história, o comportamento, a vida simples e modesta, quase franciscana de Márcio Fagundes é unanimidade. Isso precisa ter algum valor para a justiça. Quem o conhece sabe que ele seria incapaz, voluntariamente, de cometer crime e em especial, apropriar-se de vantagens que pudessem significar enriquecimento ilícito.
Marcio recebeu a confiança do Ministério Público de Contas ao deixar a Câmara Municipal, passando pelo crivo da instituição, que investigou sua vida e não encontrou nada que o desabonasse. Recebeu carta branca para representar o MP na condição de Assessor de Comunicação. Sua história não pode ser em vão e a sua prisão precisa ter um fim URGENTEMENTE.
Chamo atenção para o fato de que ele tem consciência tranquila a ponto de abrir mão de advogados, indo voluntariamente em 2016 ao MP revelar o que sabia neste episódio. Confiou na justiça e jamais se furtou a responder qualquer indagação. Falou o que sabia, cumpriu sua missão de cidadão antes de servidor de confiança do MP. Ainda assim está sendo tratado como criminoso, que teve sua privacidade e dignidade violadas pela Polícia Civil na manha de terça passada dia 18/4.
Inexperiência, imaturidade, desejo de aparecer na mídia, ou existe algo mais que não sabemos? Na condição de amigo diuturno, assim como Carlos Alberto, também me pré disponho a trocar de lugar com o Márcio certo da sua inocência, desejoso de que justiça seja feita e que sua vida seja preservada, ainda que sua carreira tenha sido aniquilada pela imaturidade daqueles que conduziram as investigações e estão privando ele de liberdade, desnecessariamente.
José Aparecido Ribeiro
Jornalista, blogueiro no portal uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Colunista nas revistas Minas em Cena, Mercado Comum e Exclusive
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