Gargalos de BH: Pedro II com Anel Rodoviário, caos diariamente

Belo Horizonte tem pelo menos duas centenas de gargalos crônicos que esperam por obras de arte da engenharia há mais de 30 anos. Mas elas dependem de decisões políticas e compromisso de agentes públicos acomodados, que por sua vez esperam por aposentadoria na SUDECAP e na BHTRANS. Para quem não sabe o que é um gargalo de trânsito, eu explico.

Gargalo é um local onde o trânsito é interrompido sempre nos mesmos horários, impedindo a fluidez do tráfego e contribuindo para aumentar o estresse, poluir o meio ambiente e em especial para revelar o tamanho dos homens que nos governam nas três últimas décadas. Alguns gargalos saltam aos olhos de qualquer cidadão mais atento.

Vamos começar nesta oportunidade com um ponto conhecido na Região Noroeste da Capital, local onde a Av. Pedro II cruza com o Anel Rodoviário. Este é daqueles gargalos cuja estrutura da via grita por soluções que não vem, ainda que o tempo perdido ali diariamente custe muito mais caro do que as possíveis soluções de engenharia.

Quem projetou o viaduto do Anel Rodoviário sobre a Av. Pedro II pensou no futuro e lembrou que a cidade cresce sem parar, pois deixou uma calha com mais de 50m de largura em três vãos de aproximadamente 15m, e um canteiro central com mais de 20m. Porém, quem nos governa hoje não tem o mesmo pensamento, tampouco o compromisso daqueles que projetaram a Av. Pedro II, o Anel Rodoviário e os loteamentos que viraram bairros enormes nos últimos anos.

A cidade cresceu, mas o nível dos governantes encolheu. Fossem um pouco mais comprometidos, menos medíocres, respeitassem o meio ambiente, tivessem um pouquinho mais de competência, os homens que são pagos para pensar a cidade, já teriam aproveitado o canteiro central da Av. Pedro II para fazer uma trincheira, liberando o tráfego da Pedro II e da Av. Tancredo Neves. Não é uma obra cara, falta apenas respeito pelo contribuinte.

Lembro ainda que este gargalo infernal afeta a vida de moradores de pelo menos 20 bairros, com destaque para o Alípio de Melo, Castelo, Ouro Preto, Jardim Montanhês, Jardim Alvorada, Vila São José entre outros, aumentando o tempo de deslocamento para o Centro ou para a Zona Sul em pelo menos uma hora diariamente. Tempo, vale ressaltar, jogado fora e que não pode ser recuperado.

Na próxima oportunidade vamos falar do gargalo (cruzamento) de Av. Raja Gabáglia e Av. Barão Homem de Melo, dando uma carona para a Rua José Rodrigues Pereira no bairro Buritis, o mais populoso da Capital, local onde ironicamente fica a sede da BHTRANS, cujos engenheiros devem chegar de helicóptero, só pode. A coluna vai trazer para debate alguns pontos que todo mundo enxerga, mas que parecem desconhecidos para os técnicos da SUDECAP e da BHTRANS.

José Aparecido Ribeiro
Jornalista
Blogueiro no portal uai.com.br
Portal osnovosinconfidentes.com.br
Articulista nas revistas: Exclusive, Minas em Cena, Mercado Comum e Entre Vias
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31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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