O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, segue tentando municipalizar a gestão do Anel Rodoviário. Se a intenção dele é não deixar o assunto sair da pauta, parabéns, ele está no caminho certo fazendo o que sabe com maestria, deve inclusive ser incentivado.
Se contudo o desejo do prefeito é de fato assumir o Anel, através da BHTRANS, ele precisa ser alertado dos riscos que a cidade corre, pois muito provavelmente ele será decepcionado. Sob as rédeas da empresa de trânsito da capital não demoraria para que o local virasse uma avenida cheia de quebra molas e sinais. Já pensou o caos que seria?
ANEL RODOVIÁRIO NÃO É E NUNCA SERÁ AVENIDA, É DE FATO VIA EXPRESSA.
Se existe algo que a BHTRANS sabe fazer como ninguém é instalar sinais e estreitar vias, faz isso com os “pés nas costas” e um interesse “inexplicável”… Com efeito, o gestor do trânsito da capital não consegue administrar a própria porta, quiçá uma via complexa como o Anel Rodoviário que é de direito, responsabilidade do DNIT.
BH vive balburdia no trânsito, incluindo o bairro que sedia a empresa responsável pela mobilidade. Vale lembrar que o Anel Rodoviário é de fato um misto de rodovia federal e via expressa, servindo a população como única alternativa sem interrupção de tráfego, ligando o sul ao norte da cidade e vice versa, em 26 km de extensão.
A CIDADE PODE TER VIAS EXPRESSAS, SE OS PARADIGMAS FOREM QUEBRADOS.
Fosse a BHTRANS comprometida com resultados no trânsito, criaria corredores capazes de permitir fluidez permitindo ao motorista atravessar a cidade com o mínimo possível de cruzamentos e sinais, e isso é possível, sem grande esforço. Porém, a ordem é o contrário, não deixar o trânsito fluir. Via expressa só nos EUA e na Europa.
Ao tentar ganhar tempo utilizando o Anel, ou pisando no acelerador quando há folga em vias com sinais sem sincronia, o que se vê são sucessivos acidentes. Pelo único corredor de trânsito livre que a cidade possui circulam hoje mais de 180 mil veículos dia. Isso explica a saturação da via.
A SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA O ANEL É O RODOANEL
A solução definitiva para o Anel de Belo Horizonte é o Rodoanel, ligando Betim à cidade de Ravena no contorno norte, com 67 km de extensão. E ao sul, ligando Nova Lima à Betim em um contorno de 37 km, projetos que dependem de investimentos federais e, sobretudo, da capacidade de mobilização da bancada Mineira em Brasilia, especialista em “Leitão a Pururuca”.
José Aparecido Ribeiro
Jornalista – Blogueiro no portal uai.com.br
Articulista e Colunista nas Revistas: Exclusive, Minas em Cena e Mercado Comum.
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