Quanta conversa mole a respeito da “Caixa Preta da BHTrans”.

Quanta conversa mole em relação a “tal abertura da caixa preta da BH Trans”. Alguém precisa contar para o prefeito de BH que, em tese, o dono da “caixa preta” é o próprio presidente da BH Trans. O Prefeito nem sonhava em virar político, e as articulações para a licitação do transporte coletivo já estavam em curso em 2007, construida a 4 mãos pelos que hoje dirigem a autarquia e os próprios empresários do setor. Antes que me acusem de leviano, não estou dizendo que haja algo obscuro com o transporte coletivo em BH.

Empresário de ônibus não é santo, mas também não é capeta, como tentam mostrar. Sao necessários e precisam ter lucro para sobreviver. Não há nada desonesto nisso. Lembro que existe um contrato em andamento, iniciado em 2008, preparado pelo Sr Célio De Freitas Bousada, e que vai durar até 2028, querendo ou não o prefeito e os “xiitas lunaticos” que defendem tarifa zero, como se isso fosse possível no modelo de concessão atual.

Faço um parêntese para lembrar aos desorientados que não existe óleo diesel de graca, pneus, carrocerias, motores, mecânicos, motoristas, trocadores, manutencao e garagens de ônibus de graca. Alguém precisa pagar o custo do transporte coletivo. Não serão os empresários, pois eles  não abrem empresas para servir de instituição filantrópicas, montam para ganhar dinheiro e gerar emprego. Essa são as regras do capitalismo, com ou sem esperneio.

Portanto,  cogitar tarifa zero  é coisa de gente sem noção. Sobretudo quando quem defende, se diz economista. (o líder da proposta estapafúrdias que  propõe tarifa zero é um economista). Com relação ao misancene midiático sobre auditoria nas empresas de ônibus para “inglês” e belo-horizontino desinformado ver, isso só acontece em BH, onde a população está mesmo interessada é na notícia de quem será o próximo contratado pelo galo ou pelo cruzeiro. Ou ainda qual será o vencedor do big brother. Nao é por acaso que a cidade caminha a passos de tartaruga no quesito mobilidade urbana. Se há algo errado no sistema de transporte, Kalil deve ser informado de que tudo que existe em relação ao tema transporte coletivo e trânsito foi construído pelo profissional que ele escalou para dirigir a BH Trans.

O ministério público, que adora posar de santos das causas impossíveis também precisa ser informado de que na última década todas as licitações: ônibus, sinais, radares, detectores de avanço, abrigos, sinalização horizontal e vertical, painéis eletrônicos (inúteis), faixa azul etc, passou pelas mãos do atual presidente, na condição de diretor. Ele foi inclusive um dos homens de “confiança” de Márcio Lacerda. Portanto, se tem algo errado, deve cobrar dele, e não das empresas de ônibus, ou da população que é vítima dos 35 anos em que o mesmo grupo comanda o órgão gestor da i-mobilidade urbana. Entra governo, sai governo e a turma do Carlão, do Mendanha e do Célio segue firme comandando o caos que piora a cada dia.

O buraco da BH Trans é outro: chama se necessidade urgente de mudança de paradigma. Os diretores petistas que lá estão deveriam parar de idealizar a cidade que eles acham que é a certa e passar a enxerga-la como ela é na prática. A frota de veículos aproxima se de 2 milhões de unidades e a BH Trans segue estreitando vias, alargando passeios, instalando sinais, montando uma indústria de arrecadação e perseguindo quem tem carro, ignorando as intervenções de engenharia que a cidade necessita, tentando em vão tirar carros da rua. Continuam teimando que o povo deve deixar o carro em casa para andar de bike ou de BRT.

Se não fosse trágico, a maldade seria cômica. Querem enfiar BRT goela abaixo da população, inclusive quem jamais entrará em um ônibus. A cidade, com efeito,  possui mais de 150 gargalos que esperam por obras (trincheiras, viadutos, túneis, elevados, passarelas). Mais de 1.000 sinais de trânsito que não deixam o trânsito fluir, e meia dúzia de engenheiros que ainda não entenderam que BH não fica na Europa, mas no Brasil.

Portanto, chega de conversa mole pra boi dormir e pra inglês ver. Chega de prosa politicamente correta. Se quer de fato abrir a caixa preta da BH Trans, Kalil precisa fazer uma faxina, de cabo a rabo, na autarquia que ele entregou de mão beijada para o seu vice, colocando gente nova e com visão progressista. De xiitas viciados e incompententes, que já provaram que não dão conta, a BH Trans está cheia, parte deles fumcionarios de carreira catequizados que tem demostrado ódio pelo carro, mesmo a população dando sinais inequívocos de que é de carro e não de ônibus que ela gosta.

Jose Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Membro da Comissão Técnica de Transporte da SME
Diretor da ACMinas
Autor do Blog SOS Mobilidade URBANA
CRA MG 08.0094/D
31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas