TV Globo segue desrespeitando as regras mais fundamentais do jornalismo, negando o contraditório e manipulando a verdade

POR: José Aparecido Ribeiro – Jornalista, Licenciado em Filosofia.

Todo profissional de imprensa que se preza e que tenha enfrentado quatro anos de faculdade de jornalismo, mesmo que em uma instituição com tendências esquerdistas (e a maioria delas o são), sabe que a regra número um do jornalismo é o direito ao contraditório. Ou seja: em qualquer reportagem que permita mais de uma versão ou interpretação, a palavra deve ser franqueada em igualdade de condições e de tempo, ainda que uma das partes, por algum motivo, não queira se manifestar.

Pois bem: não cumprir essa regra de ouro do jornalismo é sinal inequívoco de que a matéria não foi feita com o devido distanciamento. E que – portanto – o jornalista ou o seu veículo são tendenciosos e indignos de credibilidade. Na última semana de março de 2020 escrevi sobre o ativismo político da maior emissora de TV do país – a Rede Globo –  e sobre sua determinação para derrubar o Presidente da República. O artigo viralizou e alcançou mais de 20 milhões de visualizações.

Naquele dia, 23 de março, ao assistir por acidente o Jornal Nacional, fiquei estarrecido com o massacre e o desrespeito à um presidente que foi eleito por nada menos de 58 milhões de brasileiros. Hoje Jair Bolsonaro é o presidente da República, mas assim como ele, poderia ser outra pessoa, e ela deveria ser merecedora de toda consideração e respeito por parte de qualquer órgão de imprensa – em particular uma emissora que desfruta de uma concessão pública dos serviços de tele-comunicação com alcance nacional, entrando na casa de 92% da população de forma ativa.

Presidente vem sendo caluniado

Cabe lembrar que o Presidente da República é uma autoridade, e que todo cidadão, mesmo que não tenha votado nele deve respeitá-lo, sob pena de incorrer em crime. Pois de fato, a Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983, ampliou o tipo penal de calúnia ou de difamação contra autoridades, incluindo como sujeitos passivos, além do Presidente da República os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, com penas de reclusão, de 1 a 4 anos.

Isso posto, a Rede Globo, que exerce o direito à comunicação, não pode em nome da liberdade de imprensa – que é sagrada – fazer o que bem entende. Para quem não sabe a grade de programação de uma emissora, sobretudo o jornalismo, está sujeito a códigos internacionais de ética que devem ser respeitados (UNESCO 1983). Assisti aos três dos principais telejornais da noite nesta quarta feira (08): o da TV Record, o da TV Band e, novamente o JN (da Globo). E mais uma vez causou-me perplexidade testemunhar a cartilha básica do jornalismo ser chutada sem a menor cerimônia pelos ancoras Willan Bonner e Renata Vasconcelos.

Para ser explícito: enquanto o conteúdo dos telejornais da Band e da Record seguiu à risca o código de ética exigido pelo bom jornalismo – em particular o direito ao contraditório – a TV Globo, novamente, manipulou as informações de acordo com a sua conveniência, usando para isso retórica desalinhada faltando com a verdade.  E isso somado ao uso de recursos audiovisuais e semiótica. Pior, repito: sem oferecer o contraditório. Em resumo: um desserviço à população brasileira, acuada, desprovida da capacidade de leitura crítica do que consome passivamente na frente da televisão, e que tem na nela sua principal fonte de informação.

Jornalismo nacional segue em silêncio fingindo não ver os fatos

O presente texto não tem como intenção e nem se presta a defender o Presidente da República, pois ele tem um “exército” de servidores e uma legião de simpatizantes que fazem isso de graça, diuturnamente nas redes sociais. A intenção é alertar o jornalismo nacional, inclusive os sindicatos da categoria, a FENAJ – (Federação Nacional dos Jornalistas) para o fato de que a ética do jornalismo está sendo vilipendiada pela maior emissora do país, a tal ponto que entendo ser isso um crime de lesa pátria. O terrorismo e a manipulação deliberada de informações colocam em risco a vida de milhões de pessoas que continuam acreditando em um jornalismo honesto, imparcial e verdadeiro.

Gente que tem na TV um oráculo. A Globo mente e manipula a informação descaradamente, ao seu bel prazer e o tempo todo. Uma prova cabal dessa atitude está na abordagem sobre a Cloroquina, e a exibição da opinião de quem é contra seu uso, e nenhuma opinião de quem é a favor. A mera entrevista com uma suposta pesquisadora parece bastar para desqualificar o fármaco, apesar dos experimentos positivos obtidos em associação com a Azitromicina,  recomendação feita por médicos renomados como o Dr. Kalil, de São Paulo, e o próprio Ministro da Saúde.

Flagrantes da perseguição

Em outro momento, fica claro o boicote ao presidente na coletiva do Ministro da Saúde, quando na matéria a Globo extrai trechos irrelevantes, omitindo informações substanciais sobre o uso da Cloroquina. E mais: na 5ª entrevista coletiva de Bolsonaro a abordagem se deu por meio de leitura do discurso pelo ancora, sem veiculação da imagem do presidente, numa absurda demonstração de menosprezo, diminuindo assim a sua importância, embora o discurso tenha sido muito mais abrangente e importante para a população.

Mais adiante a perseguição segue com uso de recursos tecnológicos a serviço da amplificação de um panelaço que vem sendo alimentado pela Globo e por militantes de esquerda. A emissora usou imagens aparentemente antigas, selecionou áudios, tentando forjar um protesto que não é de tudo espontâneo. Ou seja, a Globo segue praticando ativismo político no lugar de jornalismo honesto e com isenção.

e-mail: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

Se você chegou até aqui e concorda com este texto, compartilhe!

 

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas