Eventos comemorativos da Semana de Arte Moderna que completa 100 anos é uma parceria da Secult-MG com a Fundação Clóvis Salgado, Ministério Público e Appa Arte e Cultura
Foto: Protagonistas da Semana de Arte Moderna que completa 100 anos
Governo de Minas por meio da Secretaria de Cultura e Turismo – Secult-MG, Procuradoria Geral de Justiça do Estado, Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), em parceria com a Fundação Clovis Salgado, e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, realizaram ontem, segunda-feira (14) o programa “O Modernismo em Minas Gerais”.
O evento aconteceu no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com a presença do Governador Romeu Zema, dos procuradores Jarbas Soares Junior, Jacson Rafael Campomizze, o Secretário Leônidas Oliveira, a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, além dos pesquisadores Epaminondas Bittencourt, Breno Nogueira e Leonardo Pontes, envolvidos no projeto.
Parceria Inédita
A parceria é inédita, e foi feita através do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (FUNEMP) com o objetivo de viabilizar a difusão, a pesquisa e a reflexão sobre o Modernismo em Minas Gerais, coincidindo com o Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
O programa é executado por meio do contrato de gestão com a APPA Arte e Cultura no valor de R$ 2,47 milhões que estão sendo investidos com apoio de parceiros privados e da Fundação Clóvis Salgado. Minas possui um núcleo modernista sediado em Belo Horizonte que trabalha a Arte Moderna de 1922 e existe desde 1920, quando a capital estava com apenas 23 anos de vida.
A programação é vasta e inclui: Ciclo de debates, Saraus modernistas, Espetáculos musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. A programação acontecerá nos espaços do Palácio das Artes e também no ambiente virtual, movimentando a cultura da capital.
Foto: MPMG – Procurador Geral Jarbas Soares Junior
Para o Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior esta celebração mostra o engajamento do MP de Minas nas comemorações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna e a importância que a instituição dá a cultural no Estado: “O Fundo Especial do Ministério Público, diversificando o seu portfólio de ações, destina esses recursos por se tratar do maior movimento cultural de expressão na história do Brasil, com transformação da nossa cultura para o século seguinte. Portanto, apreciamos tudo o que será apresentado pela Fundação Clóvis Salgado”, destaca o Procurador que está em seu segundo mandato à frente do MPMG.
Foto: Portal Minas Gerais – Secretário Leônidas Oliveira
Já o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, chama atenção para a importância e a influência da Semana de Arte Moderna em diversos segmentos artísticos e movimentos posteriores a ela. “Foi o nacionalismo antropofágico que levou os modernistas a uma aproximação de uma ideia de brasilidade. Seu legado é sentido pela sociedade brasileira mesmo após décadas desde aquele festival no Teatro Municipal de São Paulo. Não apenas nas artes plásticas e na literatura como também na política, na música, na arquitetura, na produção cinematográfica, e, sobretudo, na arquitetura. Essa parceria do Sistema Estadual de Cultura com o Ministério Público de Minas Gerais merece ser celebrada e traz bons frutos, valorizando e difundindo ainda mais a cultura e a arte no estado”, destacou o incansável secretário que está fazendo uma revolução no turismo e na cultura mineira.
A Fundação Clóvis Salgado acaba de completar 50 anos e tem cumprido sua missão de agente fomentado de produção cultural no Estado. São iniciativas como essas que confirmam à democratização do acesso à cultura, e a inclusão de cidadãos de todas as classes no universo das artes. Vale lembrar que a Fundação integra o Circuito Liberdade, e está sob o guarda chuvas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).
Protagonismo de Minas na Semana de Arte Moderna de 1922
Foi em 1919 que ao visitar Ouro Preto, Mário de Andrade se encantou com o barroco mineiro. Em Minas, ele descobriu uma arte verdadeiramente brasileira. Nasceu dessa visita a base conceitual para o modernismo brasileiro e a Semana de Arte Modena de 1922.
Já em 1920 foi a vez da mineira Zina Aita, pintora, desenhista e ceramista, expôr seus quadros em Belo Horizonte, apresentando uma nova forma de ver o mundo. O poeta de Montes Claros, Agenor Barbosa, fazia o mesmo em seus versos. Os dois foram os únicos mineiros a participar da Semana de Arte Moderna em São Paulo.
Dois anos depois, em 1924, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati, Olívia Penteado e o poeta franco-suíço Blaise Cendrars chegaram a Belo Horizonte acompanhados de amigos. Conheceram Drummond, Pedro Nava, Martins de Almeida, Emílio Moura e João Alphonsus de Guimarães. Nascia aí novas amizades e uma admiração mútua que durou décadas, e que mudaria a cultura brasileira para sempre.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MG
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